Plano de Ação Climática de Niterói começa a ser desenvolvido

Niterói – Em um evento no Parque da Cidade, na última segunda-feira (21), começaram em Niterói as ações de elaboração do Plano de Ação Climática que a cidade pretende implementar. O documento foca na formulação de políticas públicas para o combate às mudanças climáticas e vai apresentar um conjunto de estratégias voltadas para enfrenta-las, minimizando impactos negativos sobre a população, economia e meio ambiente. A assinatura do Prefeito Axel Grael deu a ordem de início para que o consórcio formado pela ICLEI América do Sul e WayCarbon elaborem o documento.

Este é um passo importante que prepara a cidade para o futuro, deixando-a e menos suscetível às mudanças climáticas. As ações são desenvolvidas de forma integrada com as Secretarias do Clima, Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMRHS), além da Defesa Civil e Geotecnia.

"A questão do clima é uma prioridade, não é uma agenda só de sustentabilidade, ou ambiental, é de sobrevivência da nossa cidade, da nossa espécie, do nosso planeta, e a gente precisa dar essa dimensão para o trabalho que fazemos. A questão climática é extremamente complexa. A gente sempre fala que quando nós defendemos uma atuação e um protagonismo maior das cidades na questão climática mexe com uma série de desafios que temos em termos globais", comentou o Prefeito Axel Grael.

O Plano de Ação Climática prevê a identificação e compreensão dos cenários de riscos presentes e futuros, elaborando um banco de dados sobre perigos e vulnerabilidades encontrados, de acordo com a Cobrade (Classificação e Codificação Brasileira de Desastres), além de sugestões para a utilização dessas informações no desenvolvimento urbano, de maneira participativa. O Plano também aponta algumas ações que serão implementadas por aqui, como o estabelecimento de metas de curto prazo (dois anos), médio prazo (cinco anos), longo prazo (dez anos) e muito longo prazo (vinte anos) para redução das emissões de gases de efeito estufa, nos setores de investimentos públicos e privados, neutralizando as emissões em Niterói até 2050. Por fim irá fornecer diretrizes para aumentar a resiliência dos sistemas socioeconômicos e ecológicos, incluindo diversificação econômica e gestão sustentável dos recursos naturais.

"A integração entre as secretarias, dentro de um governo, é o caminho que devemos seguir para a sustentabilidade e resiliência da nossa cidade. Esse plano é um exemplo do legado de uma gestão moderna, ousada, que não pensa somente em rede social e soltar e soltar fogos, mas em deixar resultados para a população que realmente impactam na vida das pessoas", disse o secretário Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson.