Publicado 25/07/2024 11:00
Niterói - A história sobre os cânticos entoados por escravizados durante os trabalhos desde os tempos da colonização. Este é o tema da contação de histórias que o grupo Afrotelúricos fará neste sábado (27), às 11 horas, na Sala Pascoal Carlos Magno, dentro do Campo de São Bento, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói. A proposta foi contemplado no Edital do Fomentão/2023 da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas.
Conhecidos como vissungos, os cânticos faziam parte do cotidiano dos escravizados que trabalhavam em fazendas de Minas Gerais, como conta a criadora do projeto Ana Rosa."Esses cantos eram entoados pelos escravizados no cotidiano do trabalho. Desde então, isso passou a fazer parte da cultura da região de difícil acesso, na área da Chapada Diamantina", explica.
Ana fala que criou uma história fictícia a partir de descobertas feitas por meio de pesquisa a respeito dos escravizados que trabalharam e viveram na região."Criei personagens que contam o significado de cada canção e sobre o que eles falam, contextualizando o que esses cantos diziam", acrescenta.
O circuito prevê 12 apresentações ao todo. Além de escolas, o Afrotelúricos também vai fazer contação de histórias em bibliotecas do município. Até o momento, quatro já foram feitas. Através de novos arranjos baseados em uma extensa pesquisa de obras musicais que fizeram parte da memória popular, o grupo leva ao palco um repertório alinhado às mais puras manifestações negras do país.
Cantora, contadora de histórias e dançarina de ritmos da cultura popular, Ana Rosa criou o projeto em 2016 e explica que o nome significa a necessidade de valorizar os ensinamentos que os ancestrais passaram a inúmeras gerações. Além disso, ela cita as referências culturais que teve na criação do Afrotelúricos.
“Afro é tudo que nasce do ventre e da herança de África; Telúrico é o que vem da terra, somos filhos da terra. Por isso a necessidade de valorizar os saberes e conquistas dos nossos antepassados. Temos um repertório vasto que passeia pela cultura popular brasileira. Nossas grandes referências são Clementina de Jesus, Djalma Correa, Tia Doca e Geraldo Filme através do LP gravado na década de 80 intitulado ‘‘Canto dos Escravos’.. Nossas pesquisas nascem do universo lírico dos Vissungos, antigos mineradores africanos da região de Minas Gerais e se estende por toda cultura popular afro brasileira”, comentou.
AFROTELÚRICOS - FORMAÇÃO:
PublicidadeConhecidos como vissungos, os cânticos faziam parte do cotidiano dos escravizados que trabalhavam em fazendas de Minas Gerais, como conta a criadora do projeto Ana Rosa."Esses cantos eram entoados pelos escravizados no cotidiano do trabalho. Desde então, isso passou a fazer parte da cultura da região de difícil acesso, na área da Chapada Diamantina", explica.
Ana fala que criou uma história fictícia a partir de descobertas feitas por meio de pesquisa a respeito dos escravizados que trabalharam e viveram na região."Criei personagens que contam o significado de cada canção e sobre o que eles falam, contextualizando o que esses cantos diziam", acrescenta.
O circuito prevê 12 apresentações ao todo. Além de escolas, o Afrotelúricos também vai fazer contação de histórias em bibliotecas do município. Até o momento, quatro já foram feitas. Através de novos arranjos baseados em uma extensa pesquisa de obras musicais que fizeram parte da memória popular, o grupo leva ao palco um repertório alinhado às mais puras manifestações negras do país.
Cantora, contadora de histórias e dançarina de ritmos da cultura popular, Ana Rosa criou o projeto em 2016 e explica que o nome significa a necessidade de valorizar os ensinamentos que os ancestrais passaram a inúmeras gerações. Além disso, ela cita as referências culturais que teve na criação do Afrotelúricos.
“Afro é tudo que nasce do ventre e da herança de África; Telúrico é o que vem da terra, somos filhos da terra. Por isso a necessidade de valorizar os saberes e conquistas dos nossos antepassados. Temos um repertório vasto que passeia pela cultura popular brasileira. Nossas grandes referências são Clementina de Jesus, Djalma Correa, Tia Doca e Geraldo Filme através do LP gravado na década de 80 intitulado ‘‘Canto dos Escravos’.. Nossas pesquisas nascem do universo lírico dos Vissungos, antigos mineradores africanos da região de Minas Gerais e se estende por toda cultura popular afro brasileira”, comentou.
AFROTELÚRICOS - FORMAÇÃO:
Ana Rosa
Cantora, contadora de histórias e dançarina de ritmos da Cultura popular. Foi aluna no Teatro do Oprimido com Augusto Boal em 1998, estudou danças afrobrasileiras com Charles Nelson e Eliete Miranda. Em 2011, descobriu os Vissungos no NEPAA - UNIRIO e iniciou uma pesquisa de campo. A partir daí iniciou os estudos de música na Escola Portátil e trabalho de preparação vocal com o Maestro Sidney Carvalho e Suely Mesquita. Fez a Direção artística do Projeto Música & Poesia e Cia dos Encantados em Niterói tendo realizado diversas apresentações nas Bibliotecas, escolas e espaços públicos de Niterói, como Horto, Teatro Popular Oscar Niemeyer, UFF e outros. Em 2014 iniciou Oficina de Canto com Amélia Rabello. Em 2016 entrou para o Coletivo de Contadores Negros Ayó realizando apresentações de Contos autorais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Santa Catarina com circuito de apresentações por vário municípios.
Victor Hugo Rosa:
Violonista formado pela UFRJ, reside em São Gonçalo. Tem em seu trajeto apresentações em recitais, gravações, participações em festivais importantes (como o Festival Villa-Lobos), além de trabalhos autorais. Seu trabalho persiste em criar uma ponte entre o universo violonístico do concerto e a música popular do qual busca em sua essência um diálogo sincero entre a linguagem contemporânea musical e o modo de ser fazer e criar Arte. Em seu repertório, obras de grandes compositores como H. Villa-Lobos, R. Dyens, L. Brouwer, Paulinho Nogueira, Pixinguinha, Milton Nascimento, Agustin Barrios Mangoré, além de composições próprias. Atualmente participa do Grupo Atríps, Malungo Trio, grupo de choro Sabiá Matreiro, Barril e no Afrotelúrico faz o Violão de 7 cordas.
Nelci Silva
Músico percussionista conhecido como Nelci Pelé, nascido em São Gonçalo. Desde jovem se apresentava com grupos de samba, Acompanhou a Velha Guarda da Mangueira, onde teve a honra de tocar com Clementina de Jesus, Xangô da Mangueira e outros baluartes do samba. fazia parte do Trio Pandeiro de Ouro no início da década de 70 quando foi descoberto pelo alemão Ascanase, visualizador de talentos que o convida para uma carreira internacional, onde vem a integrar a Companhia Brasil Tropical. Isso seria só o começo para ingressar grandes espetáculos, assim participou de várias turnês na Europa, nas Américas, Irã e Turquia. Ficou residindo na Itália por 20 anos. Em Roma teve o prazer de acompanhar Ornnela Vannoni, Alan Sorento, Jim Porto, Tania Maria, entre outros.
Voltando para o Brasil teve a honra de acompanhar a Velha Guarda da Mangueira,. Alcione. Luiz Carlos da Vila. Wilson Moreira. Maria Rita. Roberta Sá. João Bosco, Bezerra da Silva. Orlando Moraes, entre outros renomados nomes da MPB, sem falar nos bambas do mundo do Samba. Participou da gravação do CD Deixa a vida me levar com Zeca Pagodinho. Em 2014. participou da grandiosa companhia Brasil Brasileiro do renomado C. Segóvia, consolidando assim seu talento em mais uma turnê na Europa. Foi integrante do Casuarina desde sua formação inicial, durante 18 anos tendo gravado CDs e realizado diversos Shows; sendo alguns com participação de grandes talentos como Baby do Brasil e o saudoso Dominguinhos do Estácio. Hoje faz parte do Tempero Carioca onde está reunido com grandes músicos do samba e do Afrotelúricos.
Elias Rosa
Percussionista, cantor e dançarino. Pesquisador de ritmos e manifestações populares afro-brasileiras. Nasceu em Niterói, formado e licenciado em Educação Física. Iniciou seu contato com a música aos onze anos através da Igreja e na sua primeira escola, Cidade dos Menores, envolvido com atividades ligadas à dança e ao teatro. Aos 16 anos começou a trabalhar com o percussionista Paulão Menezes, aperfeiçoando seus conhecimentos musicais. Trabalhou também como roadie e assim se aproximou do meio artístico musical.
Emerson Costa de Jesus
Educador musical com Mestrado em Educação Musical (dissertação sobre práticas de ensino coletivo de instrumentos de sopros e percussão defendida em 2019) pela Universidade Federal do Rio Janeiro e Bacharel em Saxofone pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem longa trajetória no campo educacional dedicada aos projetos sociais como a Escola de Música de Manguinhos (2009 – 2022) e a Escola de Música e Cidadania (2016 - …), desenvolvendo, pesquisando e aplicando metodologias de ensino que acolham experiências e saberes de cada alune. No campo da performance foi integrante do naipe de saxofones da extinta Banda Filarmônica do Rio de Janeiro, nos anos de 2010 a 2012, apresentando-se em espaços como Sala Cecília Meireles e Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente participa de projetos musicais como saxofonista e flautista em diferentes formações e estilos musicais: Beach’n Bossa (empresa de eventos corporativos/sociais), Severo & seus Comparsas (sambarock); Afrotelúricos (pesquisa e interpretação sobre canções dos Vissungos), Elias Rosa e Banda (afrobeat).
Cantora, contadora de histórias e dançarina de ritmos da Cultura popular. Foi aluna no Teatro do Oprimido com Augusto Boal em 1998, estudou danças afrobrasileiras com Charles Nelson e Eliete Miranda. Em 2011, descobriu os Vissungos no NEPAA - UNIRIO e iniciou uma pesquisa de campo. A partir daí iniciou os estudos de música na Escola Portátil e trabalho de preparação vocal com o Maestro Sidney Carvalho e Suely Mesquita. Fez a Direção artística do Projeto Música & Poesia e Cia dos Encantados em Niterói tendo realizado diversas apresentações nas Bibliotecas, escolas e espaços públicos de Niterói, como Horto, Teatro Popular Oscar Niemeyer, UFF e outros. Em 2014 iniciou Oficina de Canto com Amélia Rabello. Em 2016 entrou para o Coletivo de Contadores Negros Ayó realizando apresentações de Contos autorais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Santa Catarina com circuito de apresentações por vário municípios.
Victor Hugo Rosa:
Violonista formado pela UFRJ, reside em São Gonçalo. Tem em seu trajeto apresentações em recitais, gravações, participações em festivais importantes (como o Festival Villa-Lobos), além de trabalhos autorais. Seu trabalho persiste em criar uma ponte entre o universo violonístico do concerto e a música popular do qual busca em sua essência um diálogo sincero entre a linguagem contemporânea musical e o modo de ser fazer e criar Arte. Em seu repertório, obras de grandes compositores como H. Villa-Lobos, R. Dyens, L. Brouwer, Paulinho Nogueira, Pixinguinha, Milton Nascimento, Agustin Barrios Mangoré, além de composições próprias. Atualmente participa do Grupo Atríps, Malungo Trio, grupo de choro Sabiá Matreiro, Barril e no Afrotelúrico faz o Violão de 7 cordas.
Nelci Silva
Músico percussionista conhecido como Nelci Pelé, nascido em São Gonçalo. Desde jovem se apresentava com grupos de samba, Acompanhou a Velha Guarda da Mangueira, onde teve a honra de tocar com Clementina de Jesus, Xangô da Mangueira e outros baluartes do samba. fazia parte do Trio Pandeiro de Ouro no início da década de 70 quando foi descoberto pelo alemão Ascanase, visualizador de talentos que o convida para uma carreira internacional, onde vem a integrar a Companhia Brasil Tropical. Isso seria só o começo para ingressar grandes espetáculos, assim participou de várias turnês na Europa, nas Américas, Irã e Turquia. Ficou residindo na Itália por 20 anos. Em Roma teve o prazer de acompanhar Ornnela Vannoni, Alan Sorento, Jim Porto, Tania Maria, entre outros.
Voltando para o Brasil teve a honra de acompanhar a Velha Guarda da Mangueira,. Alcione. Luiz Carlos da Vila. Wilson Moreira. Maria Rita. Roberta Sá. João Bosco, Bezerra da Silva. Orlando Moraes, entre outros renomados nomes da MPB, sem falar nos bambas do mundo do Samba. Participou da gravação do CD Deixa a vida me levar com Zeca Pagodinho. Em 2014. participou da grandiosa companhia Brasil Brasileiro do renomado C. Segóvia, consolidando assim seu talento em mais uma turnê na Europa. Foi integrante do Casuarina desde sua formação inicial, durante 18 anos tendo gravado CDs e realizado diversos Shows; sendo alguns com participação de grandes talentos como Baby do Brasil e o saudoso Dominguinhos do Estácio. Hoje faz parte do Tempero Carioca onde está reunido com grandes músicos do samba e do Afrotelúricos.
Elias Rosa
Percussionista, cantor e dançarino. Pesquisador de ritmos e manifestações populares afro-brasileiras. Nasceu em Niterói, formado e licenciado em Educação Física. Iniciou seu contato com a música aos onze anos através da Igreja e na sua primeira escola, Cidade dos Menores, envolvido com atividades ligadas à dança e ao teatro. Aos 16 anos começou a trabalhar com o percussionista Paulão Menezes, aperfeiçoando seus conhecimentos musicais. Trabalhou também como roadie e assim se aproximou do meio artístico musical.
Emerson Costa de Jesus
Educador musical com Mestrado em Educação Musical (dissertação sobre práticas de ensino coletivo de instrumentos de sopros e percussão defendida em 2019) pela Universidade Federal do Rio Janeiro e Bacharel em Saxofone pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem longa trajetória no campo educacional dedicada aos projetos sociais como a Escola de Música de Manguinhos (2009 – 2022) e a Escola de Música e Cidadania (2016 - …), desenvolvendo, pesquisando e aplicando metodologias de ensino que acolham experiências e saberes de cada alune. No campo da performance foi integrante do naipe de saxofones da extinta Banda Filarmônica do Rio de Janeiro, nos anos de 2010 a 2012, apresentando-se em espaços como Sala Cecília Meireles e Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente participa de projetos musicais como saxofonista e flautista em diferentes formações e estilos musicais: Beach’n Bossa (empresa de eventos corporativos/sociais), Severo & seus Comparsas (sambarock); Afrotelúricos (pesquisa e interpretação sobre canções dos Vissungos), Elias Rosa e Banda (afrobeat).
SERVIÇO
Evento: Apresentação “Cantos e Contos de Vissungos” do Grupo Afrotelúricos
Data: 27 de julho de 2024
Horário: 11 horas
Local: Sala Pascoal Carlos Magno, no Campo de São Bento.
Endereço: Avenida Roberto Silveira, sem número, Campo de São Bento, em frente à Igreja Nossa Senhora da Porciúncula
Classificação: livre
Valor: Entrada franca
Data: 27 de julho de 2024
Horário: 11 horas
Local: Sala Pascoal Carlos Magno, no Campo de São Bento.
Endereço: Avenida Roberto Silveira, sem número, Campo de São Bento, em frente à Igreja Nossa Senhora da Porciúncula
Classificação: livre
Valor: Entrada franca
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