Publicado 04/10/2024 10:55
Niterói - O mês de outubro é marcado pela campanha de prevenção ao câncer de mama, que busca conscientizar, informar e mobilizar a sociedade em prol da saúde feminina. Durante todo o mês rosa, instituições de saúde, ONGs e sociedade civil se unem com o propósito de mostrar e levar a importância de ações que ajudem na prevenção e no diagnóstico precoce.
PublicidadeO câncer de mama é a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde, segundo dados de 2022 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a taxa de mortalidade é alarmante, com uma média de 12,56 óbitos a cada 100.000 mulheres.
A médica ginecologista e obstetra Ana Sodré, que também é membro da Sociedade de Mastologia (Sogima-RJ) traz conselhos valiosos sobre saúde feminina abordando a necessidade de exames regulares e a detecção precoce da doença. “É importante, nesse momento, parar para pensar: mais importante do que a doença é pensar na saúde. A prevenção pode ser primária, quando você faz suas vacinas. Assim, você se protege antes da doença chegar. Já a detecção precoce é uma das fases da prevenção secundária, quando as enfermidades são detectadas a tempo, permitindo que você tenha um tratamento com menos morbidade, que são as complicações, e uma menor taxa de mortalidade. Exames preventivos, como ultrassonografia, transvaginal e mamografia, são essenciais se você está na faixa etária adequada”, disse.
Segundo a especialista, além do diagnóstico, é importante também, buscar por um médico parceiro para realizar as consultas regulares e fazer o acompanhamento da saúde. “Manter um relacionamento com um bom profissional é até mais importante do que apenas os exames, pois a consulta envolve anamnese, exame físico e exames complementares. Isso é da competência de um bom profissional”, ressalta Dra. Ana.
Mas a doença não afeta apenas as questões de saúde físicas, como também compromete o emocional. A psicoterapeuta Sandra Salomão, aborda a importância do suporte psicológico durante a jornada de tratamento. “Você tem filhos, tem a si mesma, tem um companheiro ou uma companheira e um mundo de situações que podem te ajudar a enfrentar esse momento, pois eles são rede de apoio e ao mesmo tempo também necessitam de apoio psicológico. O primeiro passo é não ter travas para falar sobre o câncer, que tem uma representação social negativa”, explicou.
Para ela, a esperança e uma perspectiva positiva do tratamento pode ser um poderoso aliado na luta contra o câncer. O apoio psicológico também faz parte da orientação médica para ajudar a enfrentar os medos e a ansiedade. Além disso, o suporte da família e amigos são fontes de fortaleza em busca de manter a positividade. Sandra, que é professora da PUC-RIO e especialista em luto, traumas e famílias, aconselha: “o adoecimento é do corpo e da mente, é da pessoa e da família toda. O todo precisa de tratamento.
Não é uma experiência simples; é uma experiência complexa de união, de conexão, de fé, de vontade de virada de chave, de cuidado e de muita reforma ou transformação, de revolução energética, o que ajuda a paciente e sua família a lidar com as incertezas do tratamento”.
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