Publicado 30/06/2022 21:18
Relatos impactantes, histórias de violência e violação dos direitos humanos. Mas também falas de conquistas e de lutas vitoriosas. Essas foram as marcas do Fórum para Celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, organizado pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu, nesta semana.
Com o plenário lotado e várias autoridades presentes, o Fórum abriu espaço para vários painéis de debates. Mãe de um filho gay, a primeira palestrante, professora da UFRRJ, advogada, membro do Grupo Mães da Resistência e vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/NI, Talita Menezes defendeu a ideia de que todos os grupos discriminados pela sociedade, mulheres e negros aí incluídos, devem estar juntos para a busca de representatividade, de direito e de fato.
“Infelizmente no Brasil não temos uma legislação que protege a população LGBT. Todas as decisões, quando uma violação acontece, vêm de ações dos próprios juízes. O Brasil ainda é o país que mais mata esta população. E na via do contraditório, também é o pais que mais consome vídeos de pornografia LGBT”, explicou.
Na sequência, a secretária de Assistência Social de Nova Iguaçu, Elaine Medeiros, discursou sobre as ações do Executivo para garantir os direitos dos LGBTs.
“A Prefeitura hoje tem um equipamento, que é a Coordenadoria do Centro de Cidadania LGBTQIA+ - Baixada III, onde trabalhamos os temas que garantam dignidade para estas pessoas, e também moradia, segurança alimentar, tratamento de saúde”, afirmou.
Convidada pela Câmara de Nova Iguaçu, a ativista do movimento trans de São Paulo, Jogê Pinheiro, jornalista, relatou aos presentes toda sua trajetória de vida, recheada de lutas e conquistas.
“Para estudar eu precisava levar um porrete comigo para me defender dos abusos. Nunca fui aceita pela minha mãe, mas continuo minha caminhada, buscando ser quem eu sou. Só assim consigo ser feliz”, contou.
Representante Comissão Especial de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB de Nova Iguaçu, Wagner Chilinque, falou sobre a importância de haver agentes políticos junto com a população LGBT para que uma legislação justa seja construída. “Precisamos eleger quem não nos discrimina”.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.