Publicado 11/04/2023 20:02 | Atualizado 11/04/2023 20:02
Em celebração ao Dia Nacional do Sistema Braille, comemorado em 8 de abril, a Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu (SEMED) realizou, nesta semana, uma capacitação para professores que atendem alunos com deficiência visual (baixa visão ou cego). Uma nova atividade está marcada para o dia 8 de maio.
Atualmente, a SEMED tem 70 professores capacitados no curso de Braille, Soroban (instrumento para cálculo) e Dosvox (sistema para microcomputadores que se comunica com o usuário por síntese de voz, que viabiliza uso de computadores por deficientes visuais).
“Essa capacitação atende aos professores que necessitam de mais aprendizagem para lidar com o aluno que possui cegueira ou baixa visão. Eles vão receber esse aluno em sala de aula e no Atendimento Educacional Especializado. Abordamos como esse aluno deve ser orientado e quais são atividades utilizadas em sala de aula. Precisamos manter os professores atualizados, pois o deficiente visual é capaz de aprender, mas se o professor não souber o braille, como ele vai ensinar? Com a capacitação, o professor vai ficar ainda mais qualificado”, afirmou a professora especialista em deficiência visual Mariluce Groba.
Na próxima capacitação, no dia 8, os professores vão aprender a fazer material adaptado, como um dos exemplos de material de acessibilidade poderá se confeccionar um mapa do Brasil para cegos e cela braille a partir de materiais recicláveis. Serão usados algodão para identificar uma região, assim como uma lixa para o aluno tatear e saber onde ficam as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Professora da Escola Municipal Estanislau Ribeiro do Amaral, Vania Brum foi uma das profissionais que participaram da capacitação. Segundo ela, a atividade está sendo fundamental para qualificar os profissionais a trabalharem em sala de aula com alunos com deficiência visual.
“Aprendi que a ajuda em sala de aula pode ser de várias maneiras. O professor deve falar mais, ser mais comunicativo e trazer o aluno para o espaço onde deve ser inserido. Ele deve se sentir mais participativo. Recebemos um aluno cego na escola e estamos nos preparando mais para ensinar com mais qualidade”, disse.
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