Publicado 28/07/2023 16:37
A Secretaria Municipal de Defesa Civil de Nova Iguaçu deu continuidade, nesta semana, a ações do “Programa Comunidades Resilientes”. As equipes visitaram os moradores do Morro do Jardim Carioca para levar orientações e materiais informativos sobre o desenvolvimento da resiliência em comunidades vulneráveis a desastres.
A expectativa da Prefeitura é de que mais de 200 famílias tenham sido alcançadas pelo programa. A próxima ação está programada para ocorrer no Morro do DPO e Caioaba. Desde 2017, o programa alcançou 23 comunidades, 1.500 famílias, o que corresponde a cinco mil pessoas.
“Nosso programa visa evitar tragédias e salvar vidas. Identificamos quais áreas são vulneráveis para inundações, enxurradas e movimentos de massa, como deslizamento de terra, como aqui no Morro do Jardim Carioca. Fazemos um primeiro contato com uma liderança do bairro, em seguida, identificamos um Ponto de Apoio, como um local seguro para alocar pessoas em uma situação de vulnerabilidade”, disse o superintendente de Defesa Civil, Vilson Santos.
Na ação desenvolvida, os moradores são inseridos em um cadastramento detalhado que informa, por exemplo, o número de famílias, idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Eles recebem orientações e material informativo sobre prevenção e preparação para desastres. Seus telefones celulares são habilitados para receberem as mensagens de alerta da defesa civil e a comunidade é incluída no Sistema de Alerta Comunitário para Chuvas Intensas (AC2I).
Com o apoio dos líderes comunitários, é aprofundado o conhecimento sobre a região e se estabelece os locais que servirão como Ponto de Apoio e Abrigo Temporário. As famílias residentes na área de risco são orientadas a saírem de suas casas e se deslocarem através das rotas de fugas estabelecidas até o ponto de apoio em situações de mobilizações preventivas ou emergenciais.
A comerciante Débora Correia do Carmo, de 48 anos, destacou que o trabalho pode evitar que moradores sejam vítimas de desastres naturais, como aconteceu com ela e outros seis parentes em 2015, quando teve que deixar sua casa, atingida pelo barro e lama após um deslizamento causado pela chuva.
“Se naquela época tivesse um trabalho como esse da Defesa Civil, poderia ter evitado aquela tragédia. Fomos surpreendidos pela lama na porta de casa. Perdemos a casa e fui morar em Cabuçu. A Defesa Civil faz esse trabalho para conhecer a região e evitar novos desastres. A equipe subiu o morro e orientou a todos”, contou a dona de casa, que ainda tem família no bairro.
No alto do Morro, vive o mecânico Edson de Jesus Lima, de 32 anos. Ele mora com a namorada e duas filhas, de 3 e 7 anos. O jovem foi orientado pela Defesa Civil e terá seu imóvel avaliado, além da possibilidade de benefícios na Secretaria de Assistência Social, como o aluguel social.
“Quando está chovendo fica preocupante morar aqui. Fui orientado a não ficar dentro de casa nos dias de chuva, pois há risco de deslizamento e queda. Esse trabalho de prevenção é importante para não corrermos riscos”, ressaltou.
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