Alerrandra, ao centro, pode tirar a documentação do filho e também a sua na maternidade Mariana BulhõesDivulgação / Renato Fonseca / PMNI
Publicado 13/09/2023 08:00
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Nova Iguaçu - A Maternidade Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, tem um posto avançado do Detran para retirada de RG e um cartório que funciona para emissão de certidão de nascimento, sem a necessidade de os pais saírem da unidade de saúde. Foi dessa forma, que em meio a alegria do nascimento do primeiro filho, Alerrana de Oliveira Marques, de 20 anos, viveu um dos momentos mais esperados de sua vida. Depois de viver 16 anos sem qualquer tipo de documentação, Alerrana recebeu seu primeiro RG e, assim, pôde fazer o registro do pequeno Enzo, nascido em 6 de agosto.
“Quero dar um abraço bem apertado em cada um da maternidade que me ajudou a ter meus documentos. Estou muito feliz. Não sou mais indigente, agora sou alguém ", contou emocionada Alerrana, ao lado de Raimundo Nonato Soares da Silva, de 43, pai do Enzo Gabriel.
Alerrana perdeu a documentação durante um incêndio na casa em que morava, quando tinha 4 anos. Quando ela chegou à unidade para dar à luz, foi acolhida pela equipe de assistentes sociais que fizeram uma verdadeira força-tarefa para ajudá-la. Foram vários telefonemas para cartórios de Nova Iguaçu, cidade em que nasceu, até que encontraram indícios que seu registro de vida tinha sido feito em Minas Gerais. Com isso, deram início ao processo de recuperação dos documentos.
“Conseguimos viabilizar esses documentos para que ela tenha autonomia, já que agora tem um bebezinho. Agora ela pode voltar a estudar, ter acesso aos programas sociais e benefícios. O serviço social está aqui para fazer este acolhimento, orientação e encaminhamento”, explica a assistente social e coordenadora Daniela Souza, de 33 anos.
Com sua certidão de nascimento e a do filho, além do documento de identificação com foto (RG) em mãos, Alerrana já planeja os próximos passos. Quer voltar a estudar, se vacinar contra a Covid-19 e outras doenças, buscar programas sociais e trabalhar.
“Meu sonho era conseguir meu documento. Estava correndo atrás, mas nunca consegui, e a maternidade me ajudou nessa busca. Eu estou muito feliz, pois agora vou poder fazer coisas que sempre planejei como estudar e trabalhar. É uma sensação muito boa”, conclui ela.
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