Chegada da ambulância na emergência de trauma no Hospital Geral de Nova IguaçuRenato Fonseca / PMNI / Divulgação
Publicado 20/05/2024 14:48
Nova Iguaçu - Os atendimentos às vítimas de acidentes de moto bateram o triste recorde no Hospital Geral de Nova Iguaçu pelo segundo ano consecutivo. Em comparação aos 3.282 casos registrados em 2022, que já havia sido o maior nos últimos cinco anos, 2023 fechou com 3.634 acidentados atendidos na emergência, representando um aumento de 10,7%. De janeiro a março de 2024, já foram anotados 945 atendimentos, indicando uma tendência de aumento para o restante do ano.
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Segundo dados do HGNI, em 2023, 368 vítimas de acidentes por moto precisaram ser internadas, representando cerca de 10,1% do total de atendimentos. Nos três primeiros meses de 2024, esse percentual já subiu para 21,4%, com 203 internações. Se a tendência se mantiver, é possível que aconteça um novo recorde para o hospital, com aumento de 4% no número de atendimentos e alarmantes 123% nas internações.
“O que chama a atenção é que, infelizmente, muitos motociclistas ainda dirigem sem utilizar os equipamentos de proteção como os capacetes, calçados, luvas e roupas adequadas, que podem prevenir ou reduzir a gravidade dos ferimentos em acidentes. Essas medidas simples, unidas ao respeito às leis de trânsito, ajudam a salvar vidas”, destaca o médico ortopedista e secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
Os acidentes de moto lideram as estatísticas de atendimentos do HGNI, superando casos como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infartos e outros traumas. Cerca de 80% das vítimas acidentadas têm fraturas nos braços ou nas pernas e 20% apresentam traumatismos complexos, como de crânio, coluna ou face. Homens entre 20 e 40 anos, que chegam sem utilizar nenhum tipo de equipamento de proteção, como o capacete e calçados adequados, são o perfil mais comum de vítimas.
“É triste ver que temos um número tão grande de acidente de moto e de internações. São casos que poderiam ser evitados com o uso dos equipamentos de proteção e podem ter um desfecho complexo para a vida dos pacientes e suas famílias, já que uma vítima deste tipo de acidente pode ter sequelas para a vida inteira e pode até mesmo precisar mudar a sua rotina”, ressalta o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.
Equipe mobilizada no centro de trauma
No centro de trauma do HGNI, os acidentados de moto são atendidos por médicos especialistas em ortopedia, cirurgia geral, vascular, neurocirurgia e bucomaxilofacial, que realizam uma avaliação completa de cada caso, incluindo exames de imagem e laboratoriais para checar a extensão das lesões. Dependendo da gravidade, o paciente pode ficar internado por dias ou meses, passar por um longo processo de reabilitação ou até mesmo ter sequelas pelo resto da vida.
“O que é mais comum são pessoas com fraturas de membros inferiores que sofreram acidentes de moto. Não é só o fato de quebrar o osso, também tem lesões de pele e músculo, que dependem de tratamento com medicamentos, até mesmo os graves traumatismos crânio-encefálicos, que acontecem em sua maioria pela falta do capacete”, diz Kleber Santos, médico coordenador da emergência do HGNI.
Campanha Maio Amarelo
Para conscientizar a população sobre a importância de prevenir acidentes de trânsito, o HGNI reforça a importância da campanha Maio Amarelo. Ao longo do mês, a fachada da unidade será iluminada na cor amarela para chamar a atenção de quem passa pelo local e as equipes estarão orientando acompanhantes e pacientes, quanto ao uso de equipamentos de proteção adequados – para motociclistas – e os hábitos que devem ser evitados por condutores de carro e outros veículos.
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