Publicado 05/10/2024 19:25 | Atualizado 05/10/2024 19:25
Nova Iguaçu - Vereador de primeiro mandato e presidente da Câmara Municipal de Nova Iguaçu nos últimos quatro anos, Dudu Reina (PP) foi importante parceiro do prefeito Rogério Lisboa durante sua gestão à frente da Prefeitura de Nova Iguaçu.
Por isso mesmo, foi o escolhido para dar continuidade ao legado no governo da ‘cidade mãe’ da Baixada Fluminense. Em conversa com O Dia, ele conta dos seus planos caso seja eleito e da mudança do legislativo para o executivo.
PublicidadePor isso mesmo, foi o escolhido para dar continuidade ao legado no governo da ‘cidade mãe’ da Baixada Fluminense. Em conversa com O Dia, ele conta dos seus planos caso seja eleito e da mudança do legislativo para o executivo.
O DIA realiza entrevistas com os principais candidatos à Prefeitura de Nova Iguaçu. Foram convidados Dudu Reina (PP) e Tuninho da Padaria (PT), que aceitaram, além de Aluísio Gama (PSB) , que aceitou o convite, mas depois desistiu de participar.
O DIA - Depois de quatro anos no Comando do Legislativo, o que o motivou a querer migrar para o Executivo?
Dudu Reina - Como presidente da Câmara Municipal, que assumi logo no meu primeiro mandato, em 2020, sempre busquei projetos que garantissem o desenvolvimento da cidade. No comando da Prefeitura, terei a oportunidade de realizar ações práticas nesse sentido. A minha principal motivação é colaborar ainda mais para o crescimento e o bem-estar da população de Nova Iguaçu.
O DIA - O senhor concorre como candidato do atual prefeito, Rogerio Lisboa. O que para o senhor deu certo e será continuado e o que pode ser mudado?
Dudu Reina - Avançamos muito na infraestrutura, com diversas obras viárias que aliviaram os problemas de trânsito. Tivemos grandes progressos na saúde, com uma melhoria significativa na gestão do Hospital da Posse e a inauguração da nova maternidade. Na educação, elevamos o padrão com a melhoria dos materiais escolares, reformas nas escolas e mais investimentos em merenda de qualidade. Agora, precisamos avançar na educação infantil, garantindo creches para todas as crianças que precisam. Vamos ampliar o número de escolas para que as crianças possam estudar mais perto de casa. Também vamos concluir as obras viárias e estender a Via Light até Cabuçu. Na saúde, daremos atenção às filas para consultas e cirurgias eletivas. A ideia é transformar o antigo prédio da Maternidade em um hospital especializado em exames e cirurgias de baixa complexidade. Muito foi feito e bem feito, mas temos ideias para fazer ainda mais.
O DIA - Em um eventual governo do senhor, o que traria do Legislativo? E o que pretende executar de imediato?
Dudu Reina - Vou trazer a experiência em administrar a coisa pública com os pés no chão, com responsabilidade, sabendo da sua importância para o bem da cidade. Também vou iniciar a implantação de nove Centros de Atendimento Especializado em Saúde pela cidade. Com isso, vamos ter um atendimento mais próximo da residência dos moradores, com maior oferta de consultas e exames. Outras duas medidas que vou executar de imediato são a criação de um Centro de Monitoramento da Segurança Pública, para o acompanhamento ao vivo das câmeras espalhadas pela cidade, e a construção, em vários bairros, de dez escolas para 8.400 alunos e 23 creches, gerando 2,3 mil novas vagas.
O DIA - A cidade ainda enfrenta alguns problemas quando há chuvas fortes. Como evitar ou diminuir os impactos de fortes temporais no município?
Dudu Reina - Esse é um problema que nos preocupa desde o início da gestão de Rogerio Lisboa. Quando fui subsecretário de Infraestrutura, no primeiro mandato do atual prefeito, acompanhei de perto as obras que fizemos no Rio Botas, o principal da cidade. Retiramos cerca de 400 famílias que moravam às margens do rio. Demos apartamentos em dois empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida para 335 famílias e ressarcimos outras 61. Aumentamos a calha do rio, passando de 7 metros para 14 metros, para garantir uma maior vazão. Durante algum tempo, ficamos sem grandes enchentes. Mas, com as mudanças climáticas, a intensidade das chuvas nos últimos anos vem aumentando. É imprescindível que o Governo Federal contemple o Projeto Iguaçu no PAC. Não temos saída para o mar. O Botas deságua no Rio Iguaçu, em Belford Roxo. Os dois se juntam ao Rio Sarapuí, em Caxias, até chegar à Baía de Guanabara. Não adianta a gente intervir no município sem que os outros rios da Baixada não tenham intervenções. Vou construir piscinões, que vão servir para mitigar os efeitos das enchentes que assolam a cidade nas chuvas de verão. Em outra frente, vamos criar um cinturão verde nas encostas dos morros. Com isso, conseguiremos aumentar a absorção das chuvas pelo solo e reduzir a velocidade de descida da água, além de reter sólidos que vêm das encostas.
O DIA - Com relação ao trânsito, houve mudanças nos últimos anos em pontos no Centro que melhoraram bastante a questão da mobilidade. Quais os planos do senhor para esse campo?
Dudu Reina - Vamos analisar os pontos de maior congestionamento na cidade e atuar para solucioná-los. Também vamos duplicar o viaduto Dom Adriano Hipólito, que deve melhorar bastante a circulação de carros, assim como terminar a duplicação da Via Light no trecho até Cabuçu. Investiremos ainda na ampliação da pavimentação asfáltica em bairros periféricos. Para os pedestres, vamos investir na melhoria das calçadas para facilitar seu uso e também a acessibilidade nas ruas de Nova Iguaçu. Quero incentivar o uso de bicicletas no município. Vamos ampliar a rede de ciclovias e cobrar do Governo do Estado a construção da ciclovia da Estrada do Tinguá, que, além de melhorar a mobilidade, vai criar um importante eixo de turismo para a região. Além desses projetos, vou conversar com as empresas de ônibus para que haja uma revisão dos trajetos das linhas dos coletivos, buscando aumentar a frequência de circulação dos ônibus municipais para um melhor atendimento da demanda da população e uma maior ligação interbairros.
O DIA - Na educação, houve um aumento nos últimos anos na nota do IDEB, mas o que fazer para manter o nível ou seguir crescendo?
Dudu Reina - Nosso objetivo é ampliar o número de escolas e creches em período integral, aumentando as vagas disponíveis neste formato. Desde o início da gestão de Rogerio Lisboa, o número de escolas aumentou de 137 para 147, bem como o de estudantes, que agora são mais de 64 mil. Vamos criar o programa Pé de Meia municipal, que irá pagar um valor mensal para cada aluno dos anos finais do ensino fundamental e ampliar o programa da bidocência. Vamos continuar fazendo a capacitação dos nossos professores com cursos de aperfeiçoamento, o que é fundamental para um melhor resultado no Ideb. Pretendemos manter a sistemática de eleições adotada na administração Rogerio Lisboa, em que a escolha dos diretores das unidades é feita pela comunidade escolar. Isso deu fim às antigas indicações políticas para a ocupação do cargo. Vamos concluir o programa de refrigeração das escolas, que Rogerio já iniciou, e que chamamos carinhosamente de Cuca Fresca, porque é difícil aprender de cabeça quente. O programa vai instalar ar-condicionado nas escolas do município. Hoje, mais de 50% das escolas da rede já receberam os equipamentos e aguardam somente que a Light faça o aumento de carga.
O DIA - Em matéria de economia e geração de empregos, os números aumentaram, mas na Baixada Fluminense, Nova Iguaçu ainda perde para Duque de Caxias. A cidade tem importantes polos de fomento, como a Firjan/Senai, o novo escritório do Sebrae. É possível ser o número um da Baixada?
Dudu Reina – Sim, é possível transformar Nova Iguaçu no principal polo de economia e geração de empregos da Baixada Fluminense. Para isso, vamos criar um distrito industrial para atrair empresas e indústrias, que seriam beneficiadas por incentivos fiscais. Para os empreendedores, vamos apoiar qualificações para gestão e planejamento de seus negócios, seja na atuação na esfera pública ou privada, de forma a obter um maior êxito nos negócios e ampliar a renda e a arrecadação do município. Uma outra frente de trabalho vai ser o incentivo à oferta de cursos para a formação de mão de obra qualificada para atender à demanda local existente. Também vamos criar uma marca para identificar produtos produzidos em Nova Iguaçu para valorizar a produção local e divulgar as empresas certificadas. O turismo será uma outra fonte de desenvolvimento econômico sustentável, com um plano diretor, que vai tratar dos principais atrativos turísticos do município, definindo as zonas de interesse, criando diretrizes para a infraestrutura e para serviços ligados ao setor e estabelecendo metas de sustentabilidade.
O DIA - Depois de quatro anos no Comando do Legislativo, o que o motivou a querer migrar para o Executivo?
Dudu Reina - Como presidente da Câmara Municipal, que assumi logo no meu primeiro mandato, em 2020, sempre busquei projetos que garantissem o desenvolvimento da cidade. No comando da Prefeitura, terei a oportunidade de realizar ações práticas nesse sentido. A minha principal motivação é colaborar ainda mais para o crescimento e o bem-estar da população de Nova Iguaçu.
O DIA - O senhor concorre como candidato do atual prefeito, Rogerio Lisboa. O que para o senhor deu certo e será continuado e o que pode ser mudado?
Dudu Reina - Avançamos muito na infraestrutura, com diversas obras viárias que aliviaram os problemas de trânsito. Tivemos grandes progressos na saúde, com uma melhoria significativa na gestão do Hospital da Posse e a inauguração da nova maternidade. Na educação, elevamos o padrão com a melhoria dos materiais escolares, reformas nas escolas e mais investimentos em merenda de qualidade. Agora, precisamos avançar na educação infantil, garantindo creches para todas as crianças que precisam. Vamos ampliar o número de escolas para que as crianças possam estudar mais perto de casa. Também vamos concluir as obras viárias e estender a Via Light até Cabuçu. Na saúde, daremos atenção às filas para consultas e cirurgias eletivas. A ideia é transformar o antigo prédio da Maternidade em um hospital especializado em exames e cirurgias de baixa complexidade. Muito foi feito e bem feito, mas temos ideias para fazer ainda mais.
O DIA - Em um eventual governo do senhor, o que traria do Legislativo? E o que pretende executar de imediato?
Dudu Reina - Vou trazer a experiência em administrar a coisa pública com os pés no chão, com responsabilidade, sabendo da sua importância para o bem da cidade. Também vou iniciar a implantação de nove Centros de Atendimento Especializado em Saúde pela cidade. Com isso, vamos ter um atendimento mais próximo da residência dos moradores, com maior oferta de consultas e exames. Outras duas medidas que vou executar de imediato são a criação de um Centro de Monitoramento da Segurança Pública, para o acompanhamento ao vivo das câmeras espalhadas pela cidade, e a construção, em vários bairros, de dez escolas para 8.400 alunos e 23 creches, gerando 2,3 mil novas vagas.
O DIA - A cidade ainda enfrenta alguns problemas quando há chuvas fortes. Como evitar ou diminuir os impactos de fortes temporais no município?
Dudu Reina - Esse é um problema que nos preocupa desde o início da gestão de Rogerio Lisboa. Quando fui subsecretário de Infraestrutura, no primeiro mandato do atual prefeito, acompanhei de perto as obras que fizemos no Rio Botas, o principal da cidade. Retiramos cerca de 400 famílias que moravam às margens do rio. Demos apartamentos em dois empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida para 335 famílias e ressarcimos outras 61. Aumentamos a calha do rio, passando de 7 metros para 14 metros, para garantir uma maior vazão. Durante algum tempo, ficamos sem grandes enchentes. Mas, com as mudanças climáticas, a intensidade das chuvas nos últimos anos vem aumentando. É imprescindível que o Governo Federal contemple o Projeto Iguaçu no PAC. Não temos saída para o mar. O Botas deságua no Rio Iguaçu, em Belford Roxo. Os dois se juntam ao Rio Sarapuí, em Caxias, até chegar à Baía de Guanabara. Não adianta a gente intervir no município sem que os outros rios da Baixada não tenham intervenções. Vou construir piscinões, que vão servir para mitigar os efeitos das enchentes que assolam a cidade nas chuvas de verão. Em outra frente, vamos criar um cinturão verde nas encostas dos morros. Com isso, conseguiremos aumentar a absorção das chuvas pelo solo e reduzir a velocidade de descida da água, além de reter sólidos que vêm das encostas.
O DIA - Com relação ao trânsito, houve mudanças nos últimos anos em pontos no Centro que melhoraram bastante a questão da mobilidade. Quais os planos do senhor para esse campo?
Dudu Reina - Vamos analisar os pontos de maior congestionamento na cidade e atuar para solucioná-los. Também vamos duplicar o viaduto Dom Adriano Hipólito, que deve melhorar bastante a circulação de carros, assim como terminar a duplicação da Via Light no trecho até Cabuçu. Investiremos ainda na ampliação da pavimentação asfáltica em bairros periféricos. Para os pedestres, vamos investir na melhoria das calçadas para facilitar seu uso e também a acessibilidade nas ruas de Nova Iguaçu. Quero incentivar o uso de bicicletas no município. Vamos ampliar a rede de ciclovias e cobrar do Governo do Estado a construção da ciclovia da Estrada do Tinguá, que, além de melhorar a mobilidade, vai criar um importante eixo de turismo para a região. Além desses projetos, vou conversar com as empresas de ônibus para que haja uma revisão dos trajetos das linhas dos coletivos, buscando aumentar a frequência de circulação dos ônibus municipais para um melhor atendimento da demanda da população e uma maior ligação interbairros.
O DIA - Na educação, houve um aumento nos últimos anos na nota do IDEB, mas o que fazer para manter o nível ou seguir crescendo?
Dudu Reina - Nosso objetivo é ampliar o número de escolas e creches em período integral, aumentando as vagas disponíveis neste formato. Desde o início da gestão de Rogerio Lisboa, o número de escolas aumentou de 137 para 147, bem como o de estudantes, que agora são mais de 64 mil. Vamos criar o programa Pé de Meia municipal, que irá pagar um valor mensal para cada aluno dos anos finais do ensino fundamental e ampliar o programa da bidocência. Vamos continuar fazendo a capacitação dos nossos professores com cursos de aperfeiçoamento, o que é fundamental para um melhor resultado no Ideb. Pretendemos manter a sistemática de eleições adotada na administração Rogerio Lisboa, em que a escolha dos diretores das unidades é feita pela comunidade escolar. Isso deu fim às antigas indicações políticas para a ocupação do cargo. Vamos concluir o programa de refrigeração das escolas, que Rogerio já iniciou, e que chamamos carinhosamente de Cuca Fresca, porque é difícil aprender de cabeça quente. O programa vai instalar ar-condicionado nas escolas do município. Hoje, mais de 50% das escolas da rede já receberam os equipamentos e aguardam somente que a Light faça o aumento de carga.
O DIA - Em matéria de economia e geração de empregos, os números aumentaram, mas na Baixada Fluminense, Nova Iguaçu ainda perde para Duque de Caxias. A cidade tem importantes polos de fomento, como a Firjan/Senai, o novo escritório do Sebrae. É possível ser o número um da Baixada?
Dudu Reina – Sim, é possível transformar Nova Iguaçu no principal polo de economia e geração de empregos da Baixada Fluminense. Para isso, vamos criar um distrito industrial para atrair empresas e indústrias, que seriam beneficiadas por incentivos fiscais. Para os empreendedores, vamos apoiar qualificações para gestão e planejamento de seus negócios, seja na atuação na esfera pública ou privada, de forma a obter um maior êxito nos negócios e ampliar a renda e a arrecadação do município. Uma outra frente de trabalho vai ser o incentivo à oferta de cursos para a formação de mão de obra qualificada para atender à demanda local existente. Também vamos criar uma marca para identificar produtos produzidos em Nova Iguaçu para valorizar a produção local e divulgar as empresas certificadas. O turismo será uma outra fonte de desenvolvimento econômico sustentável, com um plano diretor, que vai tratar dos principais atrativos turísticos do município, definindo as zonas de interesse, criando diretrizes para a infraestrutura e para serviços ligados ao setor e estabelecendo metas de sustentabilidade.
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