Robson Terra – coordenador geral da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj) e integrante do Conselho Estadual de Educação RJDivulgação
Por Robson Terra
Publicado 10/07/2021 03:00
Desde o golpe à Presidência de Dilma Roussef, em 2016, que a democracia brasileira vem sofrendo abalos tremendos, atingindo principalmente os trabalhadores; atingindo quase tudo o que foi duramente conquistado pelo povo brasileiro, no século passado até pelo menos 2014, em termos de direitos sociais, trabalhistas e coletivos.
Em 2017, foi aprovada a reforma da Justiça do Trabalho do então presidente Temer – lei que destruiu os direitos trabalhistas; aquela lei acabou inclusive com o financiamento dos sindicatos dos trabalhadores. Com isso, o movimento sindical foi tremendamente fragilizado.
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O mesmo governo Temer aprovou, também, a famigerada “lei do teto de gastos”, proibindo investimentos estatais acima da inflação, condenando ao sucateamento os serviços públicos em todos os níveis.
Junte tudo isso a um discurso proferido, há anos, pelos meios de comunicação contra os políticos, de forma genérica, criminalizando a política, como se todo político fosse “corrupto” e “ruim”; discurso cooptado pela extrema direita e que desaguou na operação denominada “lava jato” - operação que visava a destruição da esquerda como viabilidade eleitoral - e na própria eleição do atual presidente da República.
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Agora vemos o resultado de todo esse processo descrito acima: 15 milhões de desempregados; crescimento econômico pífio; destruição por parte do atual presidente e sua base no Congresso de toda e qualquer regulação, e não somente a legislação trabalhista, mas também aquelas de cunho social, defesa da ecologia e direitos coletivos; além de meio milhão de mortes de brasileiros pela covid, consequência direta da política negacionista e irresponsável do atual governo federal – um governo omisso e disfuncional.
Quem mais sofre com essa ofensiva à democracia é o povo trabalhador, seja aquele mais pobre, seja o de classe média. Assim, recolocar o Brasil nos trilhos da democracia será recolocar o país de volta ao crescimento econômico e social – recolocar o País de volta à evolução civilizatória.
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* É coordenador geral da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj) e integrante do Conselho Estadual de Educação RJ
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