Publicado 19/05/2022 06:00
Mobilidade é um assunto obrigatório no planejamento do espaço e desenvolvimento urbano. A forma com que nos locomovemos - individualmente ou em veículos coletivos -, o tempo perdido no trânsito, a precariedade dos meios de transporte, as falhas de logística, os danos causados pela queima de combustível ao meio ambiente e o consequente prejuízo à qualidade de vida da população exigem soluções que a sociedade e, principalmente, os gestores públicos e legisladores não podem mais postergar. É o direito de ir e vir que está no centro do debate, assim como a sustentabilidade de nossos municípios.
O transporte é importante instrumento de direcionamento do crescimento urbano e, quando planejado adequadamente, com sistemas integrados e seguros, garante a acessibilidade aos usuários, com reflexos na própria Economia.
Criada em 2012, a Lei 12.587 instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, com diretrizes que abrangem não só transporte, mas também o Estatuto da Cidade, incluindo, entre outros temas, trabalho e direitos sociais. Resolveu?
Apesar de toda a importância da iniciativa, não. É preciso regionalmente buscar soluções que atendam às necessidades e características locais, com participação ativa da população e empenho do poder público.
Mobilidade é um assunto que me motiva, em especial quanto ao uso de bicicletas. Além de ciclista apaixonado, como vereador em Niterói, criei, há 11 anos, o Estatuto da Bicicleta, sancionado pelo então prefeito Jorge Roberto Silveira. A ideia era estimular, de forma segura, o uso da bicicleta para fins de transporte e lazer. É um processo de conscientização e mudança de hábito, gradual, mas necessária.
Por que, portanto, não estender a mesma ideia a outros municípios fluminenses ou mesmo em todo o país, com as devidas adequações?
Creio que é impossível pensar o conceito de cidade inteligente sem priorizar a mobilidade. Inovação e tecnologia são duas grandes aliadas, mas não as únicas. Incentivar o uso de bicicletas é um caminho simples, prático, viável, sustentável e econômico. São imensas as vantagens já testadas com êxito em parte das cidades da Europa, como Munique, na Alemanha, e Dublin, na Irlanda, lugares onde a malha viária tem 1.300 e 650 quilômetros, respectivamente. O Rio de Janeiro ainda está longe desse patamar, mas já faz bonito em nível nacional, com 457 quilômetros de pistas de ciclovia, praticamente o triplo do que havia em 2009.
Temos que cobrar projetos e políticas públicas que aprimorem nosso sistema de transporte, invistam em soluções sustentáveis, como as bicicletas, e ponham o bem-estar da população e a qualidade de vida nos espaços urbanos em primeiro lugar.
O transporte é importante instrumento de direcionamento do crescimento urbano e, quando planejado adequadamente, com sistemas integrados e seguros, garante a acessibilidade aos usuários, com reflexos na própria Economia.
Criada em 2012, a Lei 12.587 instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, com diretrizes que abrangem não só transporte, mas também o Estatuto da Cidade, incluindo, entre outros temas, trabalho e direitos sociais. Resolveu?
Apesar de toda a importância da iniciativa, não. É preciso regionalmente buscar soluções que atendam às necessidades e características locais, com participação ativa da população e empenho do poder público.
Mobilidade é um assunto que me motiva, em especial quanto ao uso de bicicletas. Além de ciclista apaixonado, como vereador em Niterói, criei, há 11 anos, o Estatuto da Bicicleta, sancionado pelo então prefeito Jorge Roberto Silveira. A ideia era estimular, de forma segura, o uso da bicicleta para fins de transporte e lazer. É um processo de conscientização e mudança de hábito, gradual, mas necessária.
Por que, portanto, não estender a mesma ideia a outros municípios fluminenses ou mesmo em todo o país, com as devidas adequações?
Creio que é impossível pensar o conceito de cidade inteligente sem priorizar a mobilidade. Inovação e tecnologia são duas grandes aliadas, mas não as únicas. Incentivar o uso de bicicletas é um caminho simples, prático, viável, sustentável e econômico. São imensas as vantagens já testadas com êxito em parte das cidades da Europa, como Munique, na Alemanha, e Dublin, na Irlanda, lugares onde a malha viária tem 1.300 e 650 quilômetros, respectivamente. O Rio de Janeiro ainda está longe desse patamar, mas já faz bonito em nível nacional, com 457 quilômetros de pistas de ciclovia, praticamente o triplo do que havia em 2009.
Temos que cobrar projetos e políticas públicas que aprimorem nosso sistema de transporte, invistam em soluções sustentáveis, como as bicicletas, e ponham o bem-estar da população e a qualidade de vida nos espaços urbanos em primeiro lugar.
Felipe Peixoto é administrador, educador e ciclista. Esteve à frente da Coordenadoria de Cidade Inteligente da Prefeitura do Rio
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