Bruno Bondarovsky é subsecretário de Transparência e Governo Digital da Prefeitura do Riodivulgação
Publicado 19/08/2022 06:00
Imagine a distância do Rio de Janeiro até Paraty. Exato: são 435 km daqui até lá. Agora, imagine essa estrada forrada de folhas de papel. Imaginou? Pois este é o número de folhas de papel economizadas até agora pela Prefeitura do Rio, desde que implantamos o Processo.Rio, sistema que permite que processos administrativos sejam gerados e acompanhados de forma digital. Sem mais impressões, gastos e perda de documentos.

Parece simples, mas há menos de um ano, cerca de um milhão de documentos da prefeitura ainda eram produzidos em papel, tornando o trabalho mais burocrático, lento e sujeito a perdas. E formando aquela estrada de papel até Paraty!

Só em julho deste ano, 80% dos novos documentos da Prefeitura foram criados de forma digital, o que acelera o atendimento aos cidadãos.

Para que se tenha uma noção do avanço, em 2020, apenas 30 processos administrativos foram criados em formato digital. Em 2021, a prefeitura abriu o sistema para a criação e tramitação de documentos avulsos, chamados expedientes, que envolvem, entre outros, ofícios e memorandos. Fechamos o ano de 2021 com 47 mil documentos gerados de forma digital, sendo 36 mil expedientes e 11 mil processos.
Em 2022 iniciamos uma estratégia de aceleração do projeto com equipes dedicadas de articulação institucional e classificação documental, sendo esses os principais gargalos da implantação. Com sucesso, até a conclusão deste artigo, só em 2022, já foram gerados 737 mil documentos de forma digital, sendo 684 mil expedientes e 52 mil processos. Ou seja, em 2022, tivemos um crescimento de 16,5 vezes na criação de documentos digitais em relação a 2021.

Todos estes números equivalem a 1,1 milhão de páginas geradas de forma digital. Ou seja, 5,47 toneladas de papel que deixaram de ser consumidas. O meio ambiente agradece. A calculadora ambiental conta que 116 árvores deixaram de ser derrubadas, a economia de água equivale a 4,7 piscinas olímpicas e, 8,1 toneladas em CO2 foram poupadas. A projeção de economia para os cofres públicos é de R$ 4,3 milhões.

Até 2024, estimamos que 100% dos documentos produzidos pela Prefeitura do Rio serão eletrônicos, uma economia estimada em mais de R$ 40 milhões anuais, além do aumento da eficiência e transparência da máquina pública.

A transformação digital, priorizada desde o início da gestão Eduardo Paes, representa uma mudança de paradigma na forma como se faz política pública. As estratégias de mudança de cultura organizacional e de combate às resistências são o maior desafio e, justamente, o diferencial. Os problemas públicos modernos só podem ser resolvidos com as novas ferramentas digitais.

Esse é um passo importante para o Rio e aponta para a mudança que está em curso. Uma mudança que segue firme, rumo ao dia em que o carioca acessará todos os serviços municipais com facilidade pelo celular e poderá acompanhar suas demandas de forma simplificada e integrada.

Estamos trabalhando para isso.
Bruno Bondarovsky é subsecretário de Transparência e Governo Digital da Prefeitura do Rio
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