Publicado 24/08/2022 05:00
Todos sabem que, em outubro, vamos votar para presidente da República, renovar parte do Senado e toda a Câmara Federal. Renovar, aliás, não seria o termo correto, já que muitos dos atuais parlamentares conquistarão novos mandatos.
De todo jeito, a mais importante eleição do país também é a mais importante para os aposentados e pensionistas, por vários motivos. Senão, vejamos.
Há muitos anos, os sucessivos governos federais têm prejudicado a nossa classe, com aumentos do salário-mínimo com índices sempre acima dos praticados para a correção dos benefícios do INSS. Com o passar do tempo, essa prática cruel levou milhões de aposentados e pensionistas do INSS a terem drasticamente reduzidos o poder de compra, chegando, mesmo, a cair para o piso mínimo, embora tenham contribuído com dois, três e até quatro salários. É por isso que ouvimos muitos aposentados dizerem: “Me aposentei com sete salários e hoje, não ganho nem três!”
E o que a eleição de outubro próximo tem a ver com isso? Primeiro, porque é o presidente da República quem determina a política de reajuste do salário-mínimo e o das aposentadorias e pensões do INSS. Segundo, porque são os deputados e senadores que aprovam ou não os projetos de nosso interesse.
Nessa questão, aliás, existe um que nem precisa mais passar pelo Senado, pois já foi aprovado lá por unanimidade. Infelizmente, está engavetado na Câmara há muitos anos, que é o Projeto de Lei 4434/2008.
Nessa questão, aliás, existe um que nem precisa mais passar pelo Senado, pois já foi aprovado lá por unanimidade. Infelizmente, está engavetado na Câmara há muitos anos, que é o Projeto de Lei 4434/2008.
Pois é, passaram pela Presidência da Câmara e não colocaram o PL em votação os então deputados Michel Temer, Marco Maia, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Waldir Maranhão, Rodrigo Maia e o atual presidente Arthur Lira, de quem, infelizmente, não podemos esperar muito dele.
O PL 4.434/2008, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), recupera o poder de compra das aposentadorias e pensões num período de cinco anos. Portanto, não corre o risco de quebrar a Previdência Social, como “autoridades” econômicas gostam de afirmar.
Mas, para que seja votado e aprovado, cabe a cada um de nós, aposentados e pensionistas, escolhermos bem os deputados federais em quem votar na próxima eleição. É isso que pode fazer toda a diferença a favor da melhoria da nossa qualidade de vida!
Yedda Gaspar é presidente da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro.
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