Ilan Renz, contadora/vice-pres Fiscali, Ética e Disciplina CRC RJ Divulgação
Publicado 26/08/2022 05:00
Não é de hoje que se defende maior investimento em Educação. E, sim, este é o melhor caminho para o futuro de uma nação. E isso, certamente, deve ser desde cedo, atingindo as crianças no Ensino Fundamental para que, já a partir dali, sejam impactadas com informações que possam leva-las a uma conscientização sobre os mais variados aspectos. Conhecidas como de uma geração conectada desde o berço, essas crianças de 2022 irão encontrar um mundo muito diferente do que conhecemos e conhecimento é fundamental para encararem o que vem pela frente.
Daqui alguns anos, elas encontrarão uma realidade cada vez mais “flash”, urgente, complexa e, até certo ponto, imprevisível. A capacidade e rapidez de adaptação a esses panoramas e a visão estratégica para serem resilientes aos diversos cenários econômicos que ainda podem surgir é um desafio que envolve eu, você e nossos pares para que a geração de amanhã encontre espaços férteis para continuar evoluindo.
Nesse contexto, a Educação Financeira se mostra uma das alternativas mais assertivas nesse processo — um conhecimento urgente e necessário para aqueles que um dia terão que tomar decisões grandes para conquistar seus sonhos e metas pessoais e profissionais. O Ensino Fundamental brasileiro, sobretudo o público, tem uma responsabilidade inegociável na formação dos futuros líderes do país em todas as suas esferas: dos serviços essenciais pelo bem estar da comunidade às decisões políticas que podem comprometer o futuro de uma geração.
E por que, então, a Educação Financeira se faz tão essencial nesses espaços? Bom, é a partir dela que a criança cria o primeiro contato com o poder de decisão a curto, médio e longo prazos e aprende a lidar com as expectativas durante o processo, além do gosto pelas escolhas efetuadas.
Para além da parte prática e fiscal, a Educação Financeira tem como base o conhecimento humano e das relações, dada a responsabilidade e comprometimento que são demandados durante essa jornada. Mas ainda há tempo: dar, agora, as ferramentas para que essa futura geração use o sistema financeiro a seu favor significa prepará-la para o controle emocional e o senso crítico que serão postos em xeque durante a vida adulta.
Quem sabe dessa forma seja possível a formação de uma comunidade mais consciente de suas prioridades e do cuidado com o próximo, através de uma formação que vai muito além dos números? É nesse sentido que algumas escolas já começaram a introduzir esse conceito básico em suas disciplinas, mas precisamos de mais, muitas mais.
Ilan Renz é contadora e vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRC RJ
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