Publicado 06/09/2022 05:00
Surgido nos séculos XVII e XVIII na Europa, o Iluminismo foi um movimento intelectual, filosófico e cultural de pensadores que queriam trazer a humanidade para a luz da razão. Pregavam contra o domínio da Igreja Católica e da monarquia absolutista. Assim, promoveu mudanças baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Séculos depois, hoje, nos deparamos com uma realidade similar, na qual a interferência da religião está ditando o ritmo de boa parcela da agenda política do Brasil, no qual líderes de várias denominações conduzem seus seguidores na direção que querem, utilizando o nome de Deus e a boa-fé deles.
Pregam a luta do bem (Eles) contra o mal (quem deles pensam diferente), rejeitando uma das premissas dos ensinamentos Cristãos, qual seja amar o semelhante como a ti mesmo. Uma postura que, talvez, se explique pela sede de poder.
Agora em 2022, segundo recentes pesquisas, algo em torno de 20% dos eleitores com alguma religião e frequentadores de igrejas dizem receber instruções sobre como votar, recomendações para escolher candidatos religiosos e orientações sobre como agir em relação à política. São quase mil concorrentes ao Legislativo e ao Executivo que se apresentam usando termos de conotação religiosa, como pastor, padre, sacerdote, irmão, missionário, bispo, cantor (gospel ou católico), matriz africana, apóstolo etc. Um recorde de candidaturas com identidade religiosa neste século.
Diante disso cabe refletirmos, pois se de um lado somos um Estado democrático, laico, por outro, há mais de três séculos, os iluministas já alertavam sobre essa interferência. Eles defendiam que a vontade do povo devia ser soberana e que não cabia qualquer igreja controlar suas ideias. O mesmo serve para os dias de hoje.
Infelizmente, temos em nosso Legislativo bancadas específicas, como a da bala, ruralista, da bíblia, do garimpo etc. Todas atuando apenas pelos seus interesses e não pelo bem coletivo.Parlamentares que se esquecem que ali estão representando todos os brasileiros. Uma completa desmoralização do sistema partidário e eleitoral do país.
Neste contexto, fica a torcida para que todos nós possamos ser iluminados em nossas escolhas e que possamos enxergar as tentativas de manipulação que sofremos por grupos de todas as partes, inclusive, daqueles que utilizam o nome de Deus para isso.
Pregam a luta do bem (Eles) contra o mal (quem deles pensam diferente), rejeitando uma das premissas dos ensinamentos Cristãos, qual seja amar o semelhante como a ti mesmo. Uma postura que, talvez, se explique pela sede de poder.
Agora em 2022, segundo recentes pesquisas, algo em torno de 20% dos eleitores com alguma religião e frequentadores de igrejas dizem receber instruções sobre como votar, recomendações para escolher candidatos religiosos e orientações sobre como agir em relação à política. São quase mil concorrentes ao Legislativo e ao Executivo que se apresentam usando termos de conotação religiosa, como pastor, padre, sacerdote, irmão, missionário, bispo, cantor (gospel ou católico), matriz africana, apóstolo etc. Um recorde de candidaturas com identidade religiosa neste século.
Diante disso cabe refletirmos, pois se de um lado somos um Estado democrático, laico, por outro, há mais de três séculos, os iluministas já alertavam sobre essa interferência. Eles defendiam que a vontade do povo devia ser soberana e que não cabia qualquer igreja controlar suas ideias. O mesmo serve para os dias de hoje.
Infelizmente, temos em nosso Legislativo bancadas específicas, como a da bala, ruralista, da bíblia, do garimpo etc. Todas atuando apenas pelos seus interesses e não pelo bem coletivo.Parlamentares que se esquecem que ali estão representando todos os brasileiros. Uma completa desmoralização do sistema partidário e eleitoral do país.
Neste contexto, fica a torcida para que todos nós possamos ser iluminados em nossas escolhas e que possamos enxergar as tentativas de manipulação que sofremos por grupos de todas as partes, inclusive, daqueles que utilizam o nome de Deus para isso.
Alan Pereira é jornalista
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