Marcos Espíndola - advogado criminalistaDivulgação
Publicado 08/09/2022 05:00
Estamos na reta final para as eleições. Momento de elegermos os próximos representantes do Parlamento e o presidente que estarão à frente do país nos próximos quatro anos. Uma extrema responsabilidade que muita gente pode não se dar conta do que significa, mas se trata de um poder que só um cidadão vivendo em plena democracia pode usufruir. Cabe a cada um de nós, em pleno ano que completamos 200 anos de nossa independência, exercermos livremente nossa cidadania, através da melhor arma que temos, que é o voto.
Há mais de 30 anos temos esse privilégio de elegermos de forma direta os nossos representantes políticos. Desde a redemocratização, quando foi escrita a nova carta magna, ficando conhecida como a constituição cidadã, a vida do país mudou. Saímos da ditadura, para, efetivamente, nos tornarmos um Estado Democrático de Direito.  Isso significa liberdade de pensar, escolher, se expressar. Isso não tem preço.
Infelizmente, nem tudo são flores. Por diversos fatores, dentre eles as diferentes ideologias e formas de pensar entramos nos últimos anos num embate que não faz bem a nação. Divide o povo, enfraquece a sociedade. A polarização, seja ela qual for, é danosa e chega até a cegar os mais fanáticos, fazendo-os perder a razão e o bom senso.
Democracia é encontrar convergência diante da divergência. É saber ouvir, se posicionar, se opor, respeitar. Encontrar caminhos equilibrados que visem o bem coletivo. É a arte de conversar, negociar, de compor ideias e ideais. Ceder e cobrar na mesma dose. Tudo com base no diálogo, com empatia necessária para conviver com as diferenças.
Só devemos ser implacáveis com o poder que nos foi dado, que é o de ser protagonista em meio a tudo isso. Somos nós que temos o voto nas mãos e isso deve ser inegociável e, de forma alguma, desperdiçado. Há quem cogite não comparecer às urnas, de anular o voto ou deixá-lo em branco. Isso é abrir mão da cidadania e de um direito conquistado com muita luta.
É sempre importante praticarmos o exercício que somos todos iguais, seja perante a lei, seja na vida como um todo. Somos ser pensantes e capazes de conviver com todas as ideologias e comunidades, participando de forma ativa do debate político nacional.
O seu, o meu, o nosso voto é um forte instrumento de mudança política e social, capaz de dar novas direções para a nossa cidade, estado e país. Não há bem contra o mal. Há uma nação com 210 milhões de pessoas que podem e merecem viver melhor, com dignidade, fraternidade e liberdade. E quem tem o poder nas mãos somos nós, os cidadãos.


Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública
Leia mais