Publicado 23/09/2022 06:00
A importância do Ensino Técnico para a profissionalização dos jovens é uma verdade há muito conhecida, mas pouco aplicada à nossa realidade. O contingente de brasileiros matriculados em cursos técnicos, inferior a 10%, segundo dados do Ministério da Educação de 2019, se apequena ainda mais quando comparado a países como Finlândia, referência mundial em Educação, com acachapantes 80% dos alunos formados em cursos profissionalizantes; ou mesmo ao vizinho Chile, com 30%.
Da Europa à América do Sul, há o entendimento de que a Educação profissionalizante é o caminho para desvendar novos e promissores horizontes. Conferindo aos jovens as ferramentas táticas para geração de renda, tem-se um alto impacto no desenvolvimento econômico dos locais que investem nas potencialidades da Educação para o crescimento social.
Cabe ainda ressaltar que a Educação profissional e tecnológica deve estar alinhada à realidade e às demandas do setor produtivo. É preciso olhar adiante, para as tendências do futuro, para que estejamos aptos a competir em um ambiente econômico globalizado ainda nesta década.
Cabe ainda ressaltar que a Educação profissional e tecnológica deve estar alinhada à realidade e às demandas do setor produtivo. É preciso olhar adiante, para as tendências do futuro, para que estejamos aptos a competir em um ambiente econômico globalizado ainda nesta década.
A associação do ensino profissionalizante à Educação básica, mérito do Novo Ensino Médio, já é um posicionamento relevante para a formação de atores sociais mais críticos e conscientes sobre as possibilidades que o mercado de trabalho oferece, e as habilidades que ele requer.
Políticas públicas de incentivo à profissionalização, somadas à formação continuada dos educadores, modelagem dos cursos técnicos adequada às inclinações do mercado e estímulo à inovação e ao empreendedorismo, são peças-chave para o fortalecimento do país em sua base. Almejamos, sim, mais estudantes nas universidades. Mas é preciso combater a pecha de que há incompatibilidade entre a formação técnica e a superior. A aprendizagem profissionalizante deve ser vista em sua integralidade, especialmente pelo seu caráter prático e valioso para a qualificação e inserção no mercado, com grande influência no primeiro emprego.
Neste 23 de setembro, celebramos o Dia Nacional dos Profissionais de Nível Técnico e, junto a todos eles, nos orgulhamos por investir no ensino profissionalizante como ferramenta de transformação social. Há 76 anos, o Senac RJ atua em comunhão com o mercado de bens, serviços e turismo, e, mais do que nunca, investimos em inovação para que os estudantes sejam protagonistas da sua própria história.
Desenvolvemos novos cursos em parceria com entidades de Contabilidade, criamos um laboratório de realidade aumentada pioneiro no setor de Enfermagem, fortalecemos laços com a área de Tecnologia para a criação de itinerários formativos adequados ao que o mercado requer.
Nossos passos rumo ao futuro são muitos e são rápidos. Sabemos que o amanhã que queremos passa pela Educação profissionalizante e trabalhamos continuamente para que ela esteja ao alcance de todos.
Sérgio Arthur Ribeiro da Silva é diretor regional do Senac RJ
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.