Coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires é secretário estadual de Polícia Militar do Rio de Janeirodivulgação
Publicado 04/01/2023 06:00
A área administrativa da Secretaria Estadual de Polícia Militar do Rio de Janeiro acaba de concluir um levantamento sobre o volume de investimentos em projetos e aquisições feitos pela corporação, registrando os valores executados nos últimos seis anos, de 2017 a 2022. A diferença entre os dois extremos da série histórica analisada é exorbitante: o valor executado subiu de R$ 126 mil em 2017 para R$ 246 milhões em 2022. Nos exercícios financeiros intermediários, observamos oscilações entre 2018 e 2020, e uma retomada consistente a partir de 2021.
Série histórica de investimentos na PM - divulgação
Série histórica de investimentos na PMdivulgação
Como em qualquer estatística, os números revelam diferentes realidades no espaço de tempo. O baixo desempenho observado em 2017 é resultado direto da profunda crise econômica e financeira que se abateu sobre o Estado do Rio de Janeiro, com reflexos em todos os setores da administração pública. A recuperação da Economia fluminense foi um fator fundamental para explicar o movimento ascendente da curva a partir dos anos seguintes. Contudo, há outras variáveis relevantes, dentre as quais podemos destacar o retorno da Polícia Militar do Rio de Janeiro ao status de Secretaria de Estado.
A mudança passou a vigorar a partir de 2019. Hoje, sob a coordenação do governador Cláudio Castro, a visão de segurança pública no estado ultrapassou as atribuições das polícias Militar e Civil. Passou a envolver também instâncias administrativas nas áreas social, educacional, econômica, ambiental etc. O projeto Cidade Integrada é um exemplo concreto e incontestável.
Para a Polícia Militar, a recuperação do status de Secretaria de Estado proporcionou maior autonomia de gestão e uma interlocução mais direta e eficiente junto aos atores com poder de decisão na estrutura administrativa do estado. Foi, assim, um indutor relevante para o volume de aquisições apontadas pelo estudo produzido pela Subsecretaria de Gestão Administrativa da SEPM.
Aliado à autonomia, devemos destacar a capacidade de entrega dos nossos gestores, oficiais e praças que desempenham uma missão tão importante quanto à exercida pela área operacional. Vale lembrar que o estudo não contemplou as despesas de recomposição de efetivo, como, a contratação temporária de mais 700 profissionais de Saúde destinada a reduzir o déficit de atendimento de policiais e dependentes nos hospitais, policlínicas e odontoclínicas da corporação.
O volume expressivo de recursos executados em 2022 foi endereçado no desenvolvimento de projetos e aquisições. Entre outros itens contemplados, estão as viaturas semiblindadas, motocicletas, quadriciclos, veículos blindados para transporte de tropa e socorro médico em áreas conflagradas, coletes e capacetes balísticos, novos armamentos (letais e não letais) e um investimento sem precedentes na área de tecnologia.
Foram, portanto, conquistas fundamentais para oferecer melhores condições de trabalho à tropa e, em última instância, ampliar a qualidade do serviço prestado à sociedade.
Coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires é secretário estadual de Polícia Militar do Rio de Janeiro
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