Publicado 02/02/2023 06:00
Para uns Yemanjá, para outros Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Candelária ou Nossa Senhora das Candeias. Comemorado anualmente no dia 2 de fevereiro, o dia de Yemanjá é uma das maiores demonstrações das construções das relações e trocas simbólicas entre o catolicismo popular e as religiões de matrizes africanas no Brasil, na América Latina e no Caribe.
Assim, o segundo dia do mês de fevereiro, seja para religiosas e religiosos de matrizes africanas e/ou para religiosas e religiosos cristãos católicos, é uma das datas mais importantes no calendário religioso e popular brasileiro e está presente, desde a década de 1920, na vida de devotas e devotos que acreditam, que têm fé e devoção no poder sagrado das divindades.
A devoção e a fé em Yemanjá remonta não só as nossas raízes com o continente africano, como também evidencia a presença da cultura forte e marcante da yoruba na sociedade brasileira e no forjamento das nossas identidades culturais e espirituais. Aqueles que desejam saudar a rainha do mar devem falar: “Odoyá!” Que quer dizer mãe das águas. Os filhos de Iemanjá lhe dirigem a saudação da seguinte forma: “Odoyá, minha mãe.
É importante pontuar que muito embora a data também esteja presente no calendário das comemorações das festas populares cristãs católicas, as celebrações a Yemanjá ou a Nossa Senhora dos Navegantes, milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas e vivenciar a fé. No Rio de Janeiro, assim como em outras cidades brasileiras, as comemorações apresentam sentidos coletivos e, também, de resistência, luta pela tolerância religiosa e o diálogo inter-religioso.
Yemanjá é considerada padroeira dos pescadores, jangadeiros e marinheiros, é uma das divindades das religiões de matrizes africanas mais conhecidas no Brasil. Destarte, a cultura popular brasileira, que permeia o imaginário social religioso brasileiro, nos mostra que o culto e as devoções atribuídas à Yemanjá estão para além das conexões religiosas.
Seja a divindade chamada e/ou identificada como Orixá ou santa protetora dos navegantes, boa parte dos brasileiros e brasileiras se apega à crença e pede a proteção em momentos difíceis, principalmente nos momentos em que lutamos pela garantia dos direitos religiosos, liberdades de culto, liberdade de crenças e pela equidade religiosa.
Cá do meu canto, observo que compreender os processos de formação das devoções religiosas no Brasil é uma das formas de compreender as nossas construções culturais e religiosas que, de forma significativa, expressam as nossas identidades individuais e coletivas regadas de simbolismos e experiências religiosas plurais.
Assim, podemos compreender que as comemorações em saudação à “Rainha do Mar” é um convite à diversidade, pluralidade e o respeito. Erù-Iyá!
Assim, o segundo dia do mês de fevereiro, seja para religiosas e religiosos de matrizes africanas e/ou para religiosas e religiosos cristãos católicos, é uma das datas mais importantes no calendário religioso e popular brasileiro e está presente, desde a década de 1920, na vida de devotas e devotos que acreditam, que têm fé e devoção no poder sagrado das divindades.
A devoção e a fé em Yemanjá remonta não só as nossas raízes com o continente africano, como também evidencia a presença da cultura forte e marcante da yoruba na sociedade brasileira e no forjamento das nossas identidades culturais e espirituais. Aqueles que desejam saudar a rainha do mar devem falar: “Odoyá!” Que quer dizer mãe das águas. Os filhos de Iemanjá lhe dirigem a saudação da seguinte forma: “Odoyá, minha mãe.
É importante pontuar que muito embora a data também esteja presente no calendário das comemorações das festas populares cristãs católicas, as celebrações a Yemanjá ou a Nossa Senhora dos Navegantes, milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas e vivenciar a fé. No Rio de Janeiro, assim como em outras cidades brasileiras, as comemorações apresentam sentidos coletivos e, também, de resistência, luta pela tolerância religiosa e o diálogo inter-religioso.
Yemanjá é considerada padroeira dos pescadores, jangadeiros e marinheiros, é uma das divindades das religiões de matrizes africanas mais conhecidas no Brasil. Destarte, a cultura popular brasileira, que permeia o imaginário social religioso brasileiro, nos mostra que o culto e as devoções atribuídas à Yemanjá estão para além das conexões religiosas.
Seja a divindade chamada e/ou identificada como Orixá ou santa protetora dos navegantes, boa parte dos brasileiros e brasileiras se apega à crença e pede a proteção em momentos difíceis, principalmente nos momentos em que lutamos pela garantia dos direitos religiosos, liberdades de culto, liberdade de crenças e pela equidade religiosa.
Cá do meu canto, observo que compreender os processos de formação das devoções religiosas no Brasil é uma das formas de compreender as nossas construções culturais e religiosas que, de forma significativa, expressam as nossas identidades individuais e coletivas regadas de simbolismos e experiências religiosas plurais.
Assim, podemos compreender que as comemorações em saudação à “Rainha do Mar” é um convite à diversidade, pluralidade e o respeito. Erù-Iyá!
Ivanir dos Santos é professor e orientador no Programa de Pós-graduação em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ).
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