Dionísio LinsDivulgação
Publicado 28/02/2023 06:00
Apesar de já estar em vigor o aumento da passagem da SuperVia, os usuários continuam passando diariamente pelos mesmos transtornos e sofrimento. Mesmo com os órgãos públicos intensificando a fiscalização e aplicando pesadas multas, o serviço oferecido aos usuários não reflete o aumento das passagens, que passaram de R$ 5 para R$ 7,40 recentemente.
Isso comprova somente que representantes das concessionárias responsáveis por barcas, ônibus, metrô e principalmente os trens da Supervia, não estão nem aí para as reclamações, denúncias e pedidos de melhorias que diariamente chegam aos seus serviços de atendimento aos usuários dessas empresas.
No caso da Supervia, que transporta diariamente cerca de 350 mil passageiros que viajam em 204 trens, por uma malha de 270 quilômetros e 104 estações, ao longo de 12 municípios da Região Metropolitana, o que se vê é um total desleixo com seus usuários, que todos os dias passam por um verdadeiro calvário para irem de casa para o trabalho e vice-versa. Eles enfrentam filas, atrasos das composições, interrupção de serviço, sujeira nas plataformas, acessibilidade aos deficientes e superlotação, além da falta de segurança nas estações e em seu entorno.
Para se ter uma ideia, um levantamento feito em outubro do ano passado, apontou que das 104 estações, oito estavam dominadas por traficantes que espalham o medo aos que precisam utilizá-las diariamente. Há relatos que esses traficantes constroem e alugam barracos na linha férrea, onde vendem drogas e produtos provenientes do roubo de carga fora e dentro das composições.
Mas vale ressaltar que somente a aplicação de pesadas multas contra a Supervia não está surtindo o efeito esperado, até porque, convenhamos, de nada adianta. A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), já aplicou cerca de R$ 30 milhões referente a multas, sendo que apenas R$ 5,7 milhões foram efetivamente pagas pela concessionária, que opta em realizar o pagamento das multas com valor máximo de R$ 100 mil; isso sem falar da existência de infrações registradas desde 2017 que também não foram pagas, e que para a surpresa de todos nós, estão suspensas sob a justificativa dos problemas causados pela pandemia de covid 19.
Como presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, já denunciamos ao Ministério Público, a Agetransp e a secretaria de Transportes as irregularidades cometidas diariamente pela empresa. Entramos também com ações na Promotoria de Justiça de Tutela De Defesa do Consumidor e do Contribuinte do MP, onde solicitamos uma profunda investigação contra a concessionária, principalmente no que diz respei