Publicado 31/03/2023 06:00
O brutal assassinato da professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste da capital paulista, tomou conta do noticiário no início desta semana. Foi, inclusive, uma das manchetes da edição de terça-feira aqui em O DIA. E me comoveu profundamente, me levando a uma série de reflexões nestes últimos dias. O assassino, como sabemos, é um rapaz de apenas 13 anos de idade.
A punição ao jovem vai ser determinada pela Justiça, após o fim das investigações e do inquérito, e obedecendo a lei, aquilo que chamamos de devido processo legal, ou seja, que todas as garantias previstas na legislação sejam obedecidas pelas partes, e, ao final, seja proferida uma sentença por juiz ou juíza imparcial.
Hoje, no entanto, quero me ater menos à pena, inclusive porque não compete a mim o julgamento ou a defesa das partes, e mais às causas que levaram à barbaridade que chocou todo o país. O que se sabe até o momento é que o racismo levou ao crime. Dias antes, a professora havia separado uma briga entre o jovem que a matou e outro aluno, que havia sido chamado de macaco. Para cometer o crime, foi usada uma máscara negra com uma caveira-símbolo de supremacistas raciais nos EUA.
Tudo isso, repito, aos 13 anos de idade. O que me remete imediatamente a Nelson Mandela, um dos maiores e mais incríveis personagens do século XX, e que nos deixou há exatos dez anos, em 2013. Mandela foi o maior líder político da história da África do Sul e uma das referências da humanidade na luta contra o racismo. Pela sua história de luta, ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.
Mandela fez muito por seu país e pelo planeta. E em sua caminhada cunhou frases que deveriam nos guiar na luta por uma sociedade mais igualitária, de respeito às diferenças. Mandela dizia que a Educação era a arma mais poderosa que a gente pode usar para mudar o mundo. Mas ia além. Segundo ele, “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar. E se podem aprender a odiar, também podem aprender a amar”.
O assassinato de dona Elisabete me faz pensar às vezes que o legado de Mandela deveria ser matéria obrigatória nas salas de aula. E não só em sala de aula. Precisamos, de forma permanente, ensinar as pessoas a não serem racistas. É nosso dever de casa.
A punição ao jovem vai ser determinada pela Justiça, após o fim das investigações e do inquérito, e obedecendo a lei, aquilo que chamamos de devido processo legal, ou seja, que todas as garantias previstas na legislação sejam obedecidas pelas partes, e, ao final, seja proferida uma sentença por juiz ou juíza imparcial.
Hoje, no entanto, quero me ater menos à pena, inclusive porque não compete a mim o julgamento ou a defesa das partes, e mais às causas que levaram à barbaridade que chocou todo o país. O que se sabe até o momento é que o racismo levou ao crime. Dias antes, a professora havia separado uma briga entre o jovem que a matou e outro aluno, que havia sido chamado de macaco. Para cometer o crime, foi usada uma máscara negra com uma caveira-símbolo de supremacistas raciais nos EUA.
Tudo isso, repito, aos 13 anos de idade. O que me remete imediatamente a Nelson Mandela, um dos maiores e mais incríveis personagens do século XX, e que nos deixou há exatos dez anos, em 2013. Mandela foi o maior líder político da história da África do Sul e uma das referências da humanidade na luta contra o racismo. Pela sua história de luta, ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.
Mandela fez muito por seu país e pelo planeta. E em sua caminhada cunhou frases que deveriam nos guiar na luta por uma sociedade mais igualitária, de respeito às diferenças. Mandela dizia que a Educação era a arma mais poderosa que a gente pode usar para mudar o mundo. Mas ia além. Segundo ele, “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar. E se podem aprender a odiar, também podem aprender a amar”.
O assassinato de dona Elisabete me faz pensar às vezes que o legado de Mandela deveria ser matéria obrigatória nas salas de aula. E não só em sala de aula. Precisamos, de forma permanente, ensinar as pessoas a não serem racistas. É nosso dever de casa.
Luciano Bandeira é presidente da OABRJ
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