Publicado 11/04/2023 06:00
Nas últimas semanas, vários casos de violência contra alunos e ameaças a professores foram registrados em diferentes lugares do país, acendendo, mais uma vez, o debate sobre o bullying e crimes em ambiente escolar. Os casos mais graves aconteceram em São Paulo e Santa Catarina. Na cidade catarinense de Blumenau, dia 5 de março, quatro crianças foram assassinadas, por um homem que, armado com uma machadinha, invadiu uma creche. Uma barbaridade que chocou o país. Na Zona Oeste de São Paulo, o crime foi protagonizado por um adolescente de 13 anos, que invadiu a Escola Estadual Thomazia Montoro. O garoto matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e feriu outros três professores e um aluno.
Outro caso foi o de um aluno de 17 anos que invadiu a Unidade Integrada Antônio Rosa de Lima, na zona rural de Caxias, no Maranhão, armado com uma espingarda e atirou contra funcionários e alunos. O jovem disse que a intenção era matar a diretora e um ex-colega de turma. Por sorte, não houve feridos.
Outra ocorrência envolveu um aluno de 17 anos da Escola Estadual Maurício Murgel, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ele teria enviado mensagens com um tom ameaçador aos seus colegas de sala por meio de um grupo no WhatsApp. O texto foi escrito em russo e, quando traduzido, os alunos descobriram que se tratava de um recado sobre "morte". Mais um caso aconteceu na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, Zona Sul do Rio. Um menor de cerca 15 anos foi apreendido por PMs após tentar esfaquear colegas. Ele foi contido por outros alunos e funcionários.
Em novembro passado, houve o caso do jovem de 16 anos que matou três pessoas e feriu 13, em duas escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, minha terra natal.
Como escritora e educadora que sou, considero urgente o debate sobre a violência escolar, pois ela afeta diretamente a qualidade da educação e o desenvolvimento social e emocional dos estudantes. E uma boa oportunidade é fomentar campanhas de prevenção ao Bullying, baseando-se pela Lei 13.277 de 2016. Essa data marca o massacre de Realengo, bairro da cidade do Rio de Janeiro, onde um rapaz de 23 anos, que sofreu Bullying na infância, entrou na escola e matou doze crianças, em 2011. Depois que ele foi atingido por um vigilante, cometeu suicídio.
O balanço é assustador: um relatório da transição de governo federal, antes da posse do presidente Lula, relatou 35 mortes em ataques em escolas de 2000 a 2022; ao todo, 72 pessoas ficaram feridas em 16 episódios.
Geralmente, esses massacres são provocados por alunos que foram vítimas do bullying e, em algum momento, tentam se vingar das humilhações que sofreram. Por isso é tão importante levar esse tema para a sala de aula e também envolver as famílias nas conversas. É preciso provocar a reflexão sobre o quanto o bullying é causador de angústias e sofrimentos para todos os envolvidos, sejam os agressores, as vítimas ou os alunos e profissionais que testemunham a violência.
Outro caso foi o de um aluno de 17 anos que invadiu a Unidade Integrada Antônio Rosa de Lima, na zona rural de Caxias, no Maranhão, armado com uma espingarda e atirou contra funcionários e alunos. O jovem disse que a intenção era matar a diretora e um ex-colega de turma. Por sorte, não houve feridos.
Outra ocorrência envolveu um aluno de 17 anos da Escola Estadual Maurício Murgel, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ele teria enviado mensagens com um tom ameaçador aos seus colegas de sala por meio de um grupo no WhatsApp. O texto foi escrito em russo e, quando traduzido, os alunos descobriram que se tratava de um recado sobre "morte". Mais um caso aconteceu na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, Zona Sul do Rio. Um menor de cerca 15 anos foi apreendido por PMs após tentar esfaquear colegas. Ele foi contido por outros alunos e funcionários.
Em novembro passado, houve o caso do jovem de 16 anos que matou três pessoas e feriu 13, em duas escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, minha terra natal.
Como escritora e educadora que sou, considero urgente o debate sobre a violência escolar, pois ela afeta diretamente a qualidade da educação e o desenvolvimento social e emocional dos estudantes. E uma boa oportunidade é fomentar campanhas de prevenção ao Bullying, baseando-se pela Lei 13.277 de 2016. Essa data marca o massacre de Realengo, bairro da cidade do Rio de Janeiro, onde um rapaz de 23 anos, que sofreu Bullying na infância, entrou na escola e matou doze crianças, em 2011. Depois que ele foi atingido por um vigilante, cometeu suicídio.
O balanço é assustador: um relatório da transição de governo federal, antes da posse do presidente Lula, relatou 35 mortes em ataques em escolas de 2000 a 2022; ao todo, 72 pessoas ficaram feridas em 16 episódios.
Geralmente, esses massacres são provocados por alunos que foram vítimas do bullying e, em algum momento, tentam se vingar das humilhações que sofreram. Por isso é tão importante levar esse tema para a sala de aula e também envolver as famílias nas conversas. É preciso provocar a reflexão sobre o quanto o bullying é causador de angústias e sofrimentos para todos os envolvidos, sejam os agressores, as vítimas ou os alunos e profissionais que testemunham a violência.
Isa Colli é jornalista e escritora
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