Publicado 14/04/2023 06:00
A discussão sobre viabilidade e utilização dos aeroportos Santos Dumont e Internacional do Galeão, no Rio, tem tomado conta de parte do noticiário e das redes sociais e de todos aqueles que se interessam pela recuperação econômica do Estado do Rio. Há um rosário de números à disposição dos que defendem a retomada dos investimentos no Galeão, mas há muitos casos em que nem deveria ser preciso recorrer aos números. Bastaria recorrer ao bom senso.
O Rio de Janeiro é o cartão postal do Brasil no exterior e o destino preferido não só dos turistas estrangeiros como dos brasileiros que moram em outros estados. Precisa de mais que tipo de argumento para que as autoridades entendam a necessidade de o Rio ter seu aeroporto internacional funcionando com plena capacidade?
Se precisarem de números, a Firjan, a Fecomércio e a Associação Comercial têm todos. O prefeito Eduardo Paes também. Basta acessar qualquer uma de suas redes sociais que os vídeos estão lá, quase didáticos.
Insisto, porém, que a questão não passa por didática, mas por razoabilidade. Não devemos transformar uma questão que deveria ser de simples compreensão num Fla-Flu. Como bom rubro-negro, poderia brincar que o Santos Dumont (que aliás, era tricolor) ficaria com os voos regionais. E o Galeão, com os internacionais, como o Flamengo. Mas como no último domingo no Maracanã não foi de brincadeira para os rubro-negros, vou guardar a piada para uma próxima oportunidade.
Insisto, porém, que a questão não passa por didática, mas por razoabilidade. Não devemos transformar uma questão que deveria ser de simples compreensão num Fla-Flu. Como bom rubro-negro, poderia brincar que o Santos Dumont (que aliás, era tricolor) ficaria com os voos regionais. E o Galeão, com os internacionais, como o Flamengo. Mas como no último domingo no Maracanã não foi de brincadeira para os rubro-negros, vou guardar a piada para uma próxima oportunidade.
Até porque Tom Jobim também era tricolor. E acabar com o Aeroporto Internacional do Galeão estraga o Rio e até a famosa canção em forma de poesia composta pelo nosso maestro.
Santos Dumont e Galeão podem e devem conviver em harmonia, como os brasileiros Bruno Henrique e Gabigol, do Flamengo, ou como os estrangeiros Cano e John Árias, do Fluminense. Quem ganha com isso é o Rio de Janeiro, o Brasil e todos aqueles que querem conhecer a Cidade Maravilhosa.
Qualquer coisa diferente disso é gol contra. E neste caso, já nos basta os do Vitor Pereira, que ainda bem já foi demitido. Mas neste caso, a questão dos aeroportos é outra: se ele vai desembarcar no Humberto Delgado, em Lisboa, ou no Francisco Sá Carneiro, no Porto. Afinal, e estadia dele por aqui terminou na última terça-feira.
Luciano Bandeira é presidente da OAB-RJ
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