Publicado 05/09/2023 00:00
No dia 5 de setembro, celebra-se o Dia da Amazônia, um território sagrado que guarda abundantes sinais do amor de Deus. "A Amazônia querida apresenta-se aos olhos do mundo com todo o seu esplendor, seu drama e seu mistério", (Papa Francisco, Querida Amazônia, 2019). A celebração desta data nos convida a olhar para o bioma amazônico com responsabilidade e coragem, reconhecendo a necessidade contínua de um compromisso audacioso diante de seus dramas.
É de conhecimento público as diversas situações de destruição sistemática da Amazônia, o coração biológico do planeta. O aumento vertiginoso do desmatamento e o fogo que se alastra, destruindo fauna e flora, além de acinzentar os ares das cidades amazônicas, trazem sérios riscos à saúde de seus habitantes. Causam indignação as imagens de povos indígenas em situação de insegurança alimentar e desnutrição, consequências do desmantelamento de políticas públicas e do avanço de projetos destruidores de rios e terras. O abuso míope e egoísta do criado, com o objetivo de explorar até a exaustão o ambiente, tem contribuído, como demonstram estudos científicos, para o aquecimento global e as mudanças climáticas. O grito da terra se faz ouvir quando clareiras são abertas, devastando florestas e ferindo esse extraordinário ecossistema.
Há um sinal de esperança, uma vez que, de acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, no primeiro semestre de 2023, houve uma redução de 60% na derrubada da floresta. No entanto, celebrar essa redução não deve diminuir a atenção e a vigilância, pois a perversidade de alguns continua a buscar subterfúgios que interferem no equilíbrio desse importante bioma.
Este Dia da Amazônia é celebrado após a reunião dos presidentes dos países da Pan-Amazônia, uma iniciativa louvável, embora só seja eficaz se governantes e povos amazônicos assumirem compromissos viáveis para frear a destruição.
É necessário que a sociedade, líderes locais e globais demonstrem sensibilidade para a imprescindível atenção e cuidado que a região clama. Interromper a destruição, escutar os povos originários, os guardiães das florestas e considerar as orientações da ciência são responsabilidades que todos devemos assumir.
A Igreja no Brasil continuará trabalhando incansavelmente para promover uma vida abundante para todos. O compromisso de seguir Jesus Cristo, especialmente diante das ameaças à vida, nos compromete a preservar, cultivar, proteger e zelar por esse patrimônio que pertence a todos. Inspirados pelo princípio de uma ecologia integral e retomando os sonhos do Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós-Sinodal, sentimos a urgência de tornar conhecidas as belezas e riquezas desse bioma, do qual, de algum modo depende, o futuro do planeta.
É de conhecimento público as diversas situações de destruição sistemática da Amazônia, o coração biológico do planeta. O aumento vertiginoso do desmatamento e o fogo que se alastra, destruindo fauna e flora, além de acinzentar os ares das cidades amazônicas, trazem sérios riscos à saúde de seus habitantes. Causam indignação as imagens de povos indígenas em situação de insegurança alimentar e desnutrição, consequências do desmantelamento de políticas públicas e do avanço de projetos destruidores de rios e terras. O abuso míope e egoísta do criado, com o objetivo de explorar até a exaustão o ambiente, tem contribuído, como demonstram estudos científicos, para o aquecimento global e as mudanças climáticas. O grito da terra se faz ouvir quando clareiras são abertas, devastando florestas e ferindo esse extraordinário ecossistema.
Há um sinal de esperança, uma vez que, de acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, no primeiro semestre de 2023, houve uma redução de 60% na derrubada da floresta. No entanto, celebrar essa redução não deve diminuir a atenção e a vigilância, pois a perversidade de alguns continua a buscar subterfúgios que interferem no equilíbrio desse importante bioma.
Este Dia da Amazônia é celebrado após a reunião dos presidentes dos países da Pan-Amazônia, uma iniciativa louvável, embora só seja eficaz se governantes e povos amazônicos assumirem compromissos viáveis para frear a destruição.
É necessário que a sociedade, líderes locais e globais demonstrem sensibilidade para a imprescindível atenção e cuidado que a região clama. Interromper a destruição, escutar os povos originários, os guardiães das florestas e considerar as orientações da ciência são responsabilidades que todos devemos assumir.
A Igreja no Brasil continuará trabalhando incansavelmente para promover uma vida abundante para todos. O compromisso de seguir Jesus Cristo, especialmente diante das ameaças à vida, nos compromete a preservar, cultivar, proteger e zelar por esse patrimônio que pertence a todos. Inspirados pelo princípio de uma ecologia integral e retomando os sonhos do Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós-Sinodal, sentimos a urgência de tornar conhecidas as belezas e riquezas desse bioma, do qual, de algum modo depende, o futuro do planeta.
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre - RS
Presidente da CNBB
Presidente do CELAM
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