Publicado 14/09/2023 00:00
A etimologia da palavra escola remonta ao grego skhol, que significa tempo livre, lugar de contemplação. Ao longo do tempo, porém, a escola foi se distanciando desse sentido e se tornou um lugar de aprendizado formal, onde crianças e adolescentes são submetidos a horas de aulas, trabalhos e testes, em geral, sem tempo para atividades recreativas e de contemplação. Parece-me oportuno lembrar da importância de retomarmos a ideia original da escola grega e discutir o lugar do lazer e da contemplação como partes essenciais de um processo efetivo de aprendizagem.
Embora a educação formal seja fundamental para a formação das crianças e jovens, já temos suficientes evidências de que seus métodos precisam ser urgentemente revistos. As atividades recreativas e o tempo livre são essenciais para o desenvolvimento social, emocional e físico. A escola deve ser um lugar onde os alunos possam, acima de tudo, experimentar novas atividades, aprender habilidades não acadêmicas e descobrir novas paixões, tudo isso sob a supervisão de educadores capazes de potencializar e legitimar tais descobertas.
O potencial de aprendizagem de atividades de contemplação é surpreendente nos dias atuais, uma vez que vivemos tempos de robotização das ações e liquidez das relações. Levar uma criança a descobrir o prazer de observar paisagens, movimentos, fenômenos e sensações resgata a essência da sensibilidade humana e facilita o autoconhecimento e o desenvolvimento da inteligência emocional.
As atividades de lazer, por sua vez, ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, permitindo que a diversão e o relaxamento induzam relacionamentos mais consistentes e profundos, o que aumenta a sensação de segurança e apoio emocional, tão ausentes do ambiente escolar nos últimos tempos. Muitos alunos enfrentam desafios emocionais e mentais, como ansiedade e depressão, e a escola pode e deve ser um lugar onde eles se sintam seguros e apoiados.
É falsa a contradição que estabelecem entre educação formal e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Experiências demonstram que, quando se aprende através da vivência, da interação e da experimentação, constrói-se uma aprendizagem mais significativa e duradoura, além de formar pessoas mais bem resolvidas, capazes de construir uma sociedade mais saudável.
Embora a educação formal seja fundamental para a formação das crianças e jovens, já temos suficientes evidências de que seus métodos precisam ser urgentemente revistos. As atividades recreativas e o tempo livre são essenciais para o desenvolvimento social, emocional e físico. A escola deve ser um lugar onde os alunos possam, acima de tudo, experimentar novas atividades, aprender habilidades não acadêmicas e descobrir novas paixões, tudo isso sob a supervisão de educadores capazes de potencializar e legitimar tais descobertas.
O potencial de aprendizagem de atividades de contemplação é surpreendente nos dias atuais, uma vez que vivemos tempos de robotização das ações e liquidez das relações. Levar uma criança a descobrir o prazer de observar paisagens, movimentos, fenômenos e sensações resgata a essência da sensibilidade humana e facilita o autoconhecimento e o desenvolvimento da inteligência emocional.
As atividades de lazer, por sua vez, ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, permitindo que a diversão e o relaxamento induzam relacionamentos mais consistentes e profundos, o que aumenta a sensação de segurança e apoio emocional, tão ausentes do ambiente escolar nos últimos tempos. Muitos alunos enfrentam desafios emocionais e mentais, como ansiedade e depressão, e a escola pode e deve ser um lugar onde eles se sintam seguros e apoiados.
É falsa a contradição que estabelecem entre educação formal e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Experiências demonstram que, quando se aprende através da vivência, da interação e da experimentação, constrói-se uma aprendizagem mais significativa e duradoura, além de formar pessoas mais bem resolvidas, capazes de construir uma sociedade mais saudável.
Júlio Furtado é escritor e professor
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