Publicado 22/09/2023 00:00
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Hospital referência em pediatria no Estado, em especial para os municípios da Região Metropolitana II, muitos que veem o Hospital Getúlio Vargas Filho, conhecido pelo carinhoso apelido de Getulinho, no bairro do Fonseca, em Niterói, desconhecem a história dessa unidade que completa no próximo dia 29 quase sete décadas de existência.

Inaugurado em 1954, foi o primeiro local especializado em atendimento pediátrico no Estado do Rio de Janeiro. Idealizado por Alzira Vargas, filha do presidente Getúlio Vargas, foi batizado em homenagem ao irmão, portador de paralisia infantil.

Municipalizado em 1992, ficou com a emergência fechada entre 2011 e 2013, devido a seu estado precário. Reaberta há dez anos, primeiramente em um hospital de campanha, um novo capítulo dessa história teve início. Com investimentos da Prefeitura, gestão da FMS e sob gerência do Instituto Ideias, em 2016, um novo prédio é entregue a população, seguido da inauguração da unidade de tratamento intensivo pediátrico e do centro cirúrgico, em 2017.

Em 10 anos de reabertura da emergência, já atendeu mais de 550 mil casos de emergências, 16 mil internações, 4 mil cirurgias e 130 mil consultas eletivas. Segundo a Prefeitura de Niterói, a tendência é de crescimento da média de atendimentos anuais. Em 2013 era de 4 mil e em 2023 chegou a 6 mil.

Isso só é possível porque, por trás desses números, existem pessoas. Uma equipe unida, que trabalha buscando as melhores soluções para os desafios diários enfrentados. Somos referência em ensino, recebendo estudantes e profissionais de saúde que desenvolvem no Getulinho estágios e pesquisas, além da participação em estudos coordenados por universidades e MS.

Também merece destaque o modelo de gestão do hospital, baseado na Política Nacional de Humanização, tratando com transparência e austeridade os recursos públicos que recebe e pondo em prática os princípios do SUS diariamente. O objetivo é reconhecer o ¨outro¨ como protagonista de sua própria história, seja ele usuário, trabalhador ou gestor, contribuindo para que momentos de fragilidade, ansiedade ou medo, comum no enfrentamento de doenças, sejam tratados de forma empática e acolhedora.

Produzir cuidado deixou de ser apenas medicamentos, exames e consultas. Cuidar bem é reconhecer sentimentos e, no Getulinho, o sorriso de cada criança e cada trabalhador reflete acolhimento, e nos dá a certeza de estar no caminho certo!

Por tudo isso, há motivos de sobra para comemorar 69 anos do Getulinho. Com uma demanda cada vez maior, o nosso maior desafio é contribuir para que os pequenos usuários de hoje sejam os cidadãos de amanhã com mais direitos e inseridos numa sociedade mais justa e solidária, assim como é o SUS - o mais inclusivo e mais democrático sistema de saúde do mundo.
* Elaine Lopez é diretora do Hospital Getúlio Vargas Filho
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