Programa Trabalho Protegido na Adolescência: preparando jovens para o futuro tecnológico e para o primeiro emprego

No cenário de transformação digital nos últimos anos, o Programa Trabalho Protegido na Adolescência – PTPA, implementado em 1970 pelo Governo do Estado, por meio da Fundação para Infância e Adolescência (FIA/RJ) – avançou à medida que o desenvolvimento tecnológico desenhou uma sociedade em constante mudança no modo de pensar e agir, sobretudo no ambiente de trabalho. O advento de novas tecnologias e o uso dos computadores e dispositivos móveis exigiram, e ainda exigem, uma atualização constante na qualificação dos nossos jovens e de um espaço aberto à inovação.

Ao que se refere ao PTPA, o programa busca preparar adolescentes de 15 a 18 anos para o mercado de trabalho. Para isso, oferece treinamento com duração de quatro meses que contempla disciplinas como Português, Matemática, Raciocínio Lógico, Noções Administrativas e Financeiras, Tecnologia e Mídias Sociais, entre outras. Atualmente, há cerca de 1.000 adolescentes realizando o curso, divididos por 30 unidades em todo o estado. Além disso, temos 300 estagiários ativos, trabalhando em instituições parceiras e também do escopo do Governo do Estado, como o Detran, a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (JUCERJA), a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE), a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ), o Tribunal de Contas do RJ (TCE) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

As matérias lecionadas no PTPA se modernizaram nestes 53 anos do programa. Como novidade no processo para estimular o desenvolvimento dos alunos, a FIA/RJ também criou um laboratório de informática na sede da Fundação, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, a fim de possibilitar o treinamento dos estagiários no âmbito informacional e da tecnologia da informação. Com o laboratório, vislumbramos encaminhar estagiários para as instituições parceiras de forma mais qualificada e que dialogue com as necessidades do mercado de trabalho.

Os desafios existem, mas é importante também enxergar as oportunidades. Vale lembrar que os estagiários do programa fazem parte de uma geração que cresceu acostumada com a utilização das novas tecnologias, agora é preciso ensiná-los a utilizar essas habilidades dentro do âmbito institucional. A partir desta qualificação, podemos destacar a efetivação dos estagiários no quadro de funcionários dos locais que trabalham. A FIA/RJ seguirá ativamente atuando no caminho que fortaleça a formulação de políticas públicas de garantia de direitos na área da infância e adolescência e, claro, trabalhando para que cada vez mais jovens estejam no mercado de trabalho.