Publicado 25/10/2023 00:00
Enquanto deputado estadual, policial civil e presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da ALERJ, por diversas vezes, já me coloquei à disposição do Governo do Estado para ajudá-lo no que for necessário. E sei que a Comissão que presido também tem colaborado bastante.
Entendo que, mais uma vez, estamos diante de um momento bastante delicado na área de segurança pública, como também compreendemos que não existem medidas fáceis ou simplórias.
Entretanto, milhões de cidadãos fluminenses - donas de casa, enfermeiras, médicos, advogados, servidores públicos, professores, crianças, jovens e idosos - não podem ficar reféns de traficantes e milicianos, que insistem em espalhar o terror, agir com extrema violência e colocar todo um estado de cócoras diante da brutalidade com que agem.
Não podemos, jamais, normalizar o que está acontecendo ou acreditar que "sempre foi assim" e que, em algum momento, as coisas irão se resolver como num grande passe de mágica. Um pensamento tão medíocre não pode fazer parte da vida de uma autoridade pública.
O Estado, por meio da lei, precisa dar uma pronta resposta a toda essa situação caótica, que se arrasta por longos anos. Os criminosos já foram longe demais. É necessário, sim, que toda a sociedade se mobilize, mas, principalmente, aqueles que têm por dever e obrigação solucionar esse gravíssimo problema e ofertar paz, harmonia e tranquilidade aos moradores desse magnífico estado. Para os criminosos, o rigor da lei!
Portanto, se faz necessário contar com o conhecimento e a experiência dos verdadeiros especialistas na área de segurança pública (policiais civis, policiais militares, policiais penais, agentes do Degase, promotores, defensores públicos, políticos, juízes e acadêmicos comprometidos, nas suas respectivas áreas de atuação, com o firme combate à criminalidade). Não é mais possível que o debate sobre segurança pública seja realizado a partir da visão míope e embaçada dos ideólogos de plantão e/ou de suas estapafúrdias ideologias, pois esses palpiteiros apenas se preocupam em defender seus próprios e sórdidos interesses.
São "narcoativistas" lutando dia e noite para implementarem uma "narcocultura". Ou que sonham com a "bandidolatria" reinando em cada esquina, bairro e comunidade. Fomentam o caos, porque se beneficiam dele. Estão sempre prontos para justificar crimes medonhos e a mentir sem pudor, se preciso for. Para os amantes da "vida loka", o inferno são os policiais e não os criminosos.
Diante desse quadro de "insurreição criminal", não serão iniciativas pirotécnicas ou midiáticas que produzirão resultados satisfatórios. Os "atores armados não estatais" precisam ser tratados com o máximo rigor e legalidade, pois devem entender que o crime não compensa.
Ainda é possível vencermos esse jogo, mas isso vai demandar que se tomem medidas inteligentes, enérgicas e prudentes visando a proteção dos cidadãos de bem, e não o bem-estar de quem escolheu o caminho do crime.
Márcio Gualberto, deputado estadual, policial civil e presidente da Comissão de Segurança e Assuntos de Polícia da ALERJ.
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