Bruno Garcia Redondo, Doutor e mestre em Direito, Professor da PUC-Rio e da UFRJ e Procurador da UERJDivulgação
Publicado 02/02/2024 00:00
Não é novidade dizer que o Carnaval é fundamental para a movimentação da economia e do turismo do Estado do Rio. Por isso, é o evento mais importante do ano do calendário estadual, com os belos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, as divertidas atrações carnavalescas e os democráticos blocos de rua. Se tem uma coisa que todos os cariocas e fluminenses nascem sabendo é que o nosso Carnaval é o maior espetáculo da Terra!
O desafio é conseguir que o impacto dessa festa seja percebido o ano inteiro, e 2024 promete ser um dos anos mais especiais. Cerca de R$ 4,5 bilhões devem ser injetados na economia fluminense neste ano, de acordo com pesquisa da UFF (Universidade Federal Fluminense).
Considerando apenas o Rio de Janeiro como o principal destino turístico desta época do ano, aqui devem se reunir 7 milhões de foliões, nos blocos e no Sambódromo. Antes mesmo da grande festa, o mercado já se aquece com a venda de fantasias e acessórios, por exemplo.
Fevereiro será o mês com a maior arrecadação de impostos sobre os bens e serviços em razão do turismo, como hospedagem e alimentação, além do comércio em geral. O segmento de bares e restaurantes está otimista, prevendo faturar até 15% a mais em comparação aos dias de folia do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Essa festa já se consolidou como um importante setor de nossa economia e turismo. O importante é que esse “boom” do Carnaval gere frutos para a população por todos os meses do ano. Para isso, os governos precisam se unir. As políticas públicas precisam incentivar o mercado. O setor público precisa ajudar o privado, e vice-versa.
O Governo do Rio de Janeiro acertou, por exemplo, quando criou, neste ano, um calendário de eventos para que o Carnaval continue pelos meses seguintes, durante todo o ano de 2024, prevendo um investimento de R$ 10 milhões para essa finalidade.
Investir no Carnaval o ano todo é valorizar a nossa identidade cultural. É respeitar nossa diversidade. É projetar o Rio de Janeiro para o mundo. É garantir o desenvolvido econômico e sustentável de nosso estado e a qualificação de políticas públicas para nossa população, antes, durante e depois da grande festa. “Em fevereiro, tem Carnaval”. E no ano inteiro? Também!
* Bruno Garcia Redondo é Doutor e mestre em Direito, professor da PUC-Rio e da UFRJ e procurador da UERJ
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