Andrezinho Ceciliano é deputado estadual (PT)Divulgação
Publicado 29/02/2024 00:00
As enchentes históricas que vimos acontecer recentemente na Bahia e no Sul do Brasil e, mais recentemente, na Baixada e no Centro-Sul fluminense, ao mesmo tempo em que assistimos a uma seca sem precedentes na região Amazônica, não deixam dúvidas: a emergência climática chegou e a tendência é que mais eventos extremos como esses ocorram.

As imagens impactantes que assistimos há dias em Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Paracambi, Nova Iguaçu, Mendes, Paulo de Frontin e Barra do Pirai, que deixaram um rastro de nove mortos, centenas de desabrigados e um incalculável prejuízo para moradores e comerciantes são evidências da urgência que enfrentamos.

Ruas transformadas em rios, casas destruídas e comunidades inteiras afetadas destacam a vulnerabilidade do homem diante das forças da natureza. Sem dúvida, trata-se da última chamada para uma ação imediata e efetiva.

Por isso, uma vez realizadas as ações emergenciais humanitárias e de limpeza dessas cidades, é imperativo adotar medidas preventivas. A dragagem de rios surge como uma solução fundamental para evitar o transbordamento das águas. A remoção de sedimentos e obstruções permitirá que os rios fluam de maneira mais eficiente, reduzindo o risco de enchentes. Investir nessa prática não apenas protegerá as comunidades, mas também preservará ecossistemas fluviais vitais.

Também a implementação de sistemas de alerta antecipado é uma ferramenta valiosa para mitigar os danos. Tecnologias modernas, como sensores meteorológicos avançados e modelos de previsão climática, podem oferecer alertas rápidos e precisos. Esses sistemas não apenas fornecem tempo crucial para evacuações e preparativos, mas também contribuem para a conscientização da população sobre a realidade das mudanças climáticas.

É vital que as cidades desenvolvam planos de trabalho abrangentes que se estendam para além da resposta emergencial. Da parte do governo federal, o presidente Lula já mandou avisar que não faltarão recursos nem vontade política para ajudar. Se, no passado, o reconhecimento de uma situação de emergência pela União levava até seis meses, agora isso aconteceu em menos de 48 horas. Recursos emergenciais que demoravam anos pra chegar nas prefeituras, dessa já estavam em conta uma semana depois, como no caso de Japeri e Paracambi.

Por isso, é hora de erragaçar mangas e agir, propondo parcerias que envolvam a sociedade civil e os melhores especialistas. Caberá às novas gerações fazer o que as anteriores não fizeram. À medida que as cidades se recuperam e se reconstruam, é imperativo que as prefeituras assumam a responsabilidade de planejar e implementar medidas eficazes para evitar que a história se repita. O futuro está nas nossas mãos.
* Andrezinho Ceciliano é deputado estadual pelo PT
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