Paulo César Régis de Souza é vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade Social (Anasps)Divulgação
Publicado 22/04/2024 00:00
A recriação do Ministério da Previdência foi um passo crucial após anos de negligência, porém, o órgão enfrenta desafios significativos. A falta de auditores fiscais e procuradores federais compromete a fiscalização e a cobrança, contribuindo para a má gestão dos recursos previdenciários.
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A descentralização da arrecadação para a Fazenda e o Tesouro Nacional dificulta o controle adequado dos recursos, enquanto benefícios são concedidos sem um orçamento adequado, alimentando a privatização da previdência.
Apesar da arrecadação ser o dinheiro do segurado, foi utilizado para vários fins, pois levaram a arrecadação e o financeiro para a Fazenda e o Tesouro Nacional, tornando impossível o controle da arrecadação. Por isso é fácil atribuir todo o "déficit" como sendo da Previdência.
O rural é deficitário, o agro é pop, é tech, é a maior força econômica do Brasil, mas não paga a Previdência.
A atual administração do INSS implementou medidas para melhorar o atendimento, incluindo concursos públicos e simplificação dos processos, reduzindo drasticamente o represamento de benefícios. A modernização tecnológica e o foco no segurado são essenciais, exigindo investimentos em TI e comunicação eficaz.
Apesar dos avanços, persistem desafios, como a morosidade nos canais de atendimento e a falta de estrutura nas agências. Transformar as agências em órgãos de excelência, com investimentos em tecnologia e capacitação contínua dos servidores, é fundamental para garantir um serviço eficiente e de qualidade.
Por essa morosidade, chegamos a quase 1,4 milhões de benefícios represados, numa total falta de respeito com quem trabalhou, pagou a Previdência e aguarda os benefícios.
Queremos transformar o INSS em uma Agência Especial, aproveitando a estrutura já existente tanto do INSS quanto do Ministério da Previdência. A intenção é elevar o padrão de atendimento a eficiência, tornando as agências do INSS verdadeiros órgãos de excelência. Isso inclui investimentos em tecnologia para agilizar processos e a capacitação contínua dos servidores para oferecer um atendimento ainda mais qualificado para o cidadão brasileiro.
Com uma abordagem baseada em compliance e capacitação, sem interferência política, o INSS está conseguindo zerar as filas e agilizar o processo de concessão de benefícios, impactando positivamente a vida dos beneficiários.
Em suma, a nova Previdência está se esforçando para superar desafios e oferecer um serviço público de excelência, priorizando o bem-estar dos beneficiários. Com comprometimento, equipe qualificada, sem qualquer intervenção política, estamos fazendo um trabalho muito eficiente, impactando positivamente a vida de milhares de beneficiários da previdência, que aguardam sua aposentadoria.
Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la (Cícero). 

Paulo César Régis de Souza
Vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade Social (Anasps)
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