* Janes Fidélis Tomelin é o Vice-Presidente Acadêmico da Vitru Educação. Com mais de 24 anos de experiência no Ensino Superior Presencial e a Distância (EAD), ele é formado em Filosofia, com mestrado em Educação e especialização em História Social. Divulgação
Publicado 07/05/2024 00:00
Atualmente, 16 milhões de brasileiros vivem nas mais de 11 mil favelas espalhadas pelo país, de acordo com dados preliminares do último Censo do IBGE. Apesar dos desafios de acesso à educação superior nas favelas devido à infraestrutura precária, mobilidade urbana dificultada e limitações econômicas e sociais, é possível dizer que o EaD tem hoje um papel relevante na inclusão dos moradores no ensino superior. Hoje, cerca de 75% dos municípios brasileiros com IDH abaixo de 0,7 têm apenas oferta de cursos superiores na modalidade à distância.

Um levantamento da prefeitura do RJ mostrou que o acesso a universidades é também baixo entre moradores de favelas. Segundo o estudo, em bairros pobres e favelas, de cada 100 pessoas, apenas 7 possuem curso superior, contra 70/100 em bairros ricos. Quanto à escolaridade, apenas 8% chegaram ao ensino superior. Em comparação, um estudo de 12 anos atrás, elaborado pelo Data Popular, mostrava que somente 1% dos moradores dessas comunidades tinham diploma do ensino superior à época.

Neste contexto é que entra por exemplo o polo na Rocinha (RJ) da UniCesumar, uma das marcas da Vitru, maior empresa de EaD do país. Ali funciona um dos pontos de acesso que oferece cursos superiores na modalidade à distância para dentro das comunidades, dando oportunidades reais a pessoas reais.

A chegada de um polo a uma favela ou comunidade “fora do eixo” é essencial no percurso formativo, pois são espaços presenciais que atendem às necessidades acadêmicas e regionais dos estudantes e colaboradores.

O impacto social e econômico promovido pelo acesso à educação superior é visível. Aproximadamente 80% dos estudantes EaD são os primeiros da família a ingressar em um curso de graduação e 67% deles EaD trabalham 40 horas ou mais semanais (Enade, 2022). No Polo da Rocinha da UniCesumar, há mais de 800 alunos ativos matriculados.

Relatos sobre o salto na empregabilidade se multiplicam entre os alunos. De acordo com a pesquisa interna Vitru, conduzida pela Nomads, com mais de 40 mil alunos e ex-alunos, verificou uma relação entre a formação EaD e a melhoria da empregabilidade e remuneração dos egressos da modalidade. Com 80,5% dos ex-alunos atualmente empregados, houve um aumento médio de 14,5% naqueles que trabalham na sua área de formação.

A pesquisa traz outros diagnósticos sobre a contribuição do EaD para a carreira dos alunos. 84% dos graduandos experimentaram melhorias na carreira após o início do curso. Entre os impactos positivos, 17,5% tiveram aumento salarial, 16% relataram promoção ou mudança de cargo e 15,5% obtiveram o primeiro emprego ou estágio na área.

Temos a convicção de que o crescimento intelectual e o desenvolvimento humano dos estudantes são redefinidos através de experiências de aprendizagem enriquecedoras, baseadas na interação com conteúdo e conceitos apresentados por educadores, utilizando diversos materiais didáticos e as mais avançadas ferramentas tecnológicas. Esse olhar integral prepara os estudantes não só para os desafios profissionais, mas também para uma vida de contribuições significativas à sociedade, dentro e fora das comunidades.
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* Janes Fidélis Tomelin é o vice-presidente Acadêmico da Vitru Educação. Com mais de 24 anos de experiência no Ensino Superior Presencial e a Distância (EAD), ele é formado em Filosofia, com mestrado em Educação e especialização em História Social
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