Coronel PM Marcelo de Menezes NogueiraDIVULGAÇÃO
Publicado 22/05/2024 00:00
Diariamente, acompanho pelas redes sociais de nossas unidades e grupos do WhatsApp o árduo e contínuo trabalho dos policiais militares do Rio de Janeiro, que deixaram suas famílias para participar do mutirão nacional de socorro às vítimas da enchente de proporções bíblicas no Rio Grande do Sul.
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Enviamos inicialmente 05 viaturas, 02 motos aquáticas e 01 barco de casco rígido para apoiar as missões de salvamento 24 policiais militares altamente treinados lotados no Comando de Policiamento Ambiental (CPAm) e no Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (GESAR).
Entre os dias 09 e 16 de maio, resgatamos 25 pessoas e 49 animais. Os vídeos das ações, transmitindo pequenos depoimentos de gratidão ou expressões de animais assustados, nos proporcionam um sentimento que transita entre a tristeza pelo cenário de destruição e o orgulho pelo empenho e o carinho demonstrado por nossos policiais em cada missão.
Uma imagem marcante foi a prestação de socorro à bebê Alícia Maitê Pitanguine, de 1 ano e 2 meses, acidentada no dia 13 de maio num dos precários acampamentos de desabrigados às margens de uma rodovia no município de Eldorado do Sul. A pequena Alícia sofreu um corte profundo na cabeça, recebeu os primeiros socorros da equipe do GESAR e foi levada em segurança para uma unidade de saúde.
Todos os dias, nossas equipes se apresentam pela manhã no quartel do Comando Ambiental da Polícia Militar local, em Porto Alegre. De lá, saem para o cumprimento de suas missões - preservação da segurança, salvamento de pessoas e animais ilhados ou entrega de suprimentos às pessoas que preferiram se abrigar embaixo de barracas de lona para ficar junto de seus pets e mais próximos de suas casas.
Agora, a missão mais urgente é reforçar o policiamento ostensivo. Por mais inacreditável que pareça, há seres humanos que se aproveitam da tragédia para saquear casas e estabelecimentos comerciais ou cometer crimes ainda mais graves, como estupro de vulneráveis.
Neste domingo, um contingente de 25 policiais do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e dois psicólogos seguiu para substituir o efetivo do CPAm e do GESAR. É preciso recuperar os policiais física e psicologicamente. Enviamos 06 viaturas de patrulhamento, um furgão Master para transporte de equipamentos e um ônibus leito, que servirá de base para gerenciamento de crise.
Aqui no Rio, a Polícia Militar disponibilizou 12 pontos de arrecadação de donativos - água potável, produtos de limpeza, colchões e colchonetes. As doações estão sendo levadas aos necessitados com apoio das Forças Armadas e de instituições não-governamentais. O trabalho é duro. Mas não estamos só. Na última reunião do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares do país, realizada no início deste mês em Mato Grosso do Sul, o apoio aos companheiros da Brigada Militar, denominação da Polícia Militar do Rio Grande do Sul, e a ajuda humanitária aos nossos irmãos gaúchos entraram na pauta como prioridade absoluta. Todos foram unânimes em ratificar esse compromisso. Entre os desabrigados pela tragédia, estão mais de 500 policiais e bombeiros militares locais, que, apesar do drama pessoal, não deixaram de cumprir a missão de servir e proteger a sociedade. Como está registrado nas redes sociais, #somostodosbrigadamilitar. *Coronel PM Marcelo de Menezes Nogueira é comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro
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