Publicado 05/08/2024 00:00
Nos últimos anos muito se discutiu sobre a ameaça à democracia. Não são poucos os líderes populistas e extremistas que não só se posicionam com autoritarismo, mas também mobilizam seguidores para impor suas ideologias e posicionamentos nada democráticos. Na Venezuela, com o atual presidente impedindo opositores de concorrer, promovendo uma eleição nada transparente e prendendo todos aqueles que se mobilizam contra a sua questionada vitória, demonstra a mazela de uma nação que ignora a democracia e caminha para o caos.
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Governos autoritários, independente da ideologia, só levam ao retrocesso. Autoritários tanto ditos esquerda quanto direita dividiram seu povo, com discursos de ódio. O episódio mais emblemático foi o ataque ao Capitólio dos EUA depois de partidários do então presidente Donald Trump, que tentava a reeleição, por ele convocados se reunirem em Washington para protestar contra o resultado da eleição. O resultado foram cinco mortes. Por aqui, no dia 8 de janeiro de 2023, populares insatisfeitos invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, depredando o patrimônio público e entrando em confronto com a polícia.
Na Nicarágua, a perseguição e hostilidade aos cristãos continua à medida que se manifestam contra o presidente Ortega e seu governo. A situação deteriorou-se desde 2018, quando eclodiram protestos generalizados contra o regime ditatorial do país.
Na Hungria a história é a mesma e o parlamento europeu afirmou que não pode mais ser considerada uma democracia plena naquele país, no qual o regime se tornou uma autocracia eleitoral. Por lá, as liberdades acadêmicas e religiosas, bem como com os direitos de grupos vulneráveis, incluindo “minorias étnicas, pessoas LGBTQI, defensores dos direitos humanos, refugiados e migrantes são altamente ameaçados.
Na Rússia, Vladimir Putin, está há mais de 24 anos no poder. Ele mudou a constituição e terá um quinto mandato como presidente até 2030.
Na China, uma república socialista dirigida por um único partido, o Comunista, em 2018 a legislatura aboliu os limites do mandato presidencial, permitindo que Xi Jinping governe por toda a vida. Ele foi reeleito ano passado para seu terceiro mandato de cinco anos.
Enfim, o desejo de se perpetuar no poder é maléfico, pois a premissa da democracia é a liberdade e a possibilidade de alternância de comando. O que está acontecendo na Venezuela é inadmissível e as autoridades brasileiras, assim como todos os partidos que prezam pela democracia não podem compactuar e nem mesmo ser benevolente com uma ditadura que oprime o povo e ignora a democracia.
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