SEBASTIÃO JOSÉDIVULGAÇÃO
Publicado 13/09/2024 00:00
A já comprovada falta de segurança que atinge a cidade e o estado do Rio de Janeiro, aumenta cada vez mais o sentimento de impotência dos cidadãos. Agora, essa violência começa a atingir o transporte público e impactando diretamente a categoria dos rodoviários que, já não bastasse o elevado número de assaltos ocorridos nos coletivos principalmente no trecho da Av. Brasil entre Santa Cruz e Bonsucesso, sofrem agora com o sequestro dos ônibus por marginais para serem usados como barricadas nas comunidades que margeiam a via, tentando dessa maneira evitar e dificultar a ação das polícias civil, militar e federal.
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Porém, o resultado dessa falta de segurança e devastador tanto para a população quanto para os profissionais, pois é cada vez maior o número de motoristas que procuram a sede do Sindicato dos Rodoviários do Rio para registrar essas agressões por parte de assaltantes, o que vem ocasionando o aumento de pedido de afastamento dos profissionais de suas funções.
Porém, a única certeza que ainda temos depois de todos esses casos registrados, é que infelizmente a violência tornou-se uma rotina no meio do transporte público de passageiros aqui na Cidade Maravilhosa, fazendo com que esses profissionais peçam a direção das empresas para trocarem de linha todos os dias, e quem paga essa conta é o trabalhador que precisa diariamente se locomover de casa para o trabalho e vice-versa; isso sem falar que muitos desses profissionais preferem fazer acordo junto às empresas para serem dispensados do que correr o risco de acabarem perdendo a vida no cumprimento de sua tarefa.
Já não basta somente a colocação de câmeras internas no interior dos veículos, elas colaboram na identificação dos assaltantes, mas em nenhum momento contribuem para inibir o delito; na verdade é mais do que urgente que haja uma atuação maior das forças de segurança, principalmente com blitze diárias no interior dos veículos para tentar inibir e reduzir essas ações. Para se ter uma ideia, de 2023 até agora, cerca de 230 motoristas pediram afastamento da profissão devido a violência de nossa cidade; isso sem falar no trauma psicológico que afeta os profissionais e seus familiares. Vale lembrar que nos últimos 12 meses, mais de 140 ônibus foram usados como barricadas para defender territórios desses marginais.
Por fim, é preciso que a prefeitura e o estado venham para esse debate com vontade de resolver o problema. Mas para que isso ocorra, é imperativo que empresários e categoria se unam para que juntos possamos cobrar das autoridades de segurança, uma ação contundente que devolva a tranquilidade aos milhares de usuários não só desse,, mas de todos os demais modais.
* Sebastião José - presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro
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