Publicado 06/11/2024 00:00
A disputa eleitoral recente, nas principais cidades brasileiras, pôs em voga um assunto que até então era tratado por muitos governantes como uma utopia: a implantação da tarifa zero. Imagine circular dentro de uma cidade inteira sem gastar nenhum real com transporte público, para fazer absolutamente tudo - buscar emprego, ir ao trabalho, realizar atividades de lazer, visitar a família? Uma realidade que pode parecer muito distante para algumas cidades, mas não é.
O que alguns insistem em classificar como utopia, a cidade de Maricá já colocou em prática há nada menos que dez anos. Vale a pena lembrar que Maricá foi a primeira cidade brasileira com mais de 100 mil habitantes a adotar o sistema de transporte público gratuito, a chamada Tarifa Zero. E, desde então, o projeto implantado em 2014, durante a gestão do então prefeito Washington Quaquá (PT), tornou-se referência em mobilidade urbana.
De lá para cá, mais de cem cidades brasileiras também avançaram. Para ser mais exato, 114 cidades do país aderiram ao modelo que deu certo entre os maricaenses.
Não à toa, nossos famosos vermelhinhos, como são chamados os ônibus da nossa cidade, são nosso orgulho. E engana-se quem pensa que o benefício está apenas na economia que a população faz ao não gastar dinheiro com transporte público. Esse é o ponto positivo mais imediato da iniciativa, mas há ainda outros, que, a longo prazo, contribuem até com a preservação do meio ambiente.
Dentre vários aspectos positivos da implantação do ônibus com tarifa zero estão a diminuição do tráfego de veículos particulares, contribuindo para a diminuição da emissão de gases poluentes e consequente melhoria da qualidade do ar na cidade.
Tal redução impacta positivamente também a mobilidade urbana, porque estimula o uso do transporte público coletivo, o que se traduz em menos congestionamentos, melhorando a circulação de pessoas e veículos. O saldo disso é preservação ambiental e aquecimento econômico.
À medida que a população economiza nos gastos com passagens, gasta o dinheiro com outros serviços e bens, aquecendo a economia local.
A experiência bem sucedida de Maricá, implementada em 2014, não surgiu do dia para a noite. Mas sim da ineficiência da empresa de transporte que atendia a cidade até 2013. Com o sucateamento de serviço público, a Prefeitura iniciou a tarifa zero, criando a Empresa Pública de Transportes (EPT), responsável por toda a operação.
A experiência de Maricá mostra que é possível implementar uma política de transporte mais acessível, sustentável e justa. Não apenas para promover mais mobilidade urbana, desenvolvimento e preservação ambiental, mas também para promover mais inclusão. Isso porque, sem a cobrança das passagens, toda a população pode ter acesso a todo território de seu município seja para a labuta ou o lazer. Tarifa zero é, acima de tudo, inclusão social!
PublicidadeO que alguns insistem em classificar como utopia, a cidade de Maricá já colocou em prática há nada menos que dez anos. Vale a pena lembrar que Maricá foi a primeira cidade brasileira com mais de 100 mil habitantes a adotar o sistema de transporte público gratuito, a chamada Tarifa Zero. E, desde então, o projeto implantado em 2014, durante a gestão do então prefeito Washington Quaquá (PT), tornou-se referência em mobilidade urbana.
De lá para cá, mais de cem cidades brasileiras também avançaram. Para ser mais exato, 114 cidades do país aderiram ao modelo que deu certo entre os maricaenses.
Não à toa, nossos famosos vermelhinhos, como são chamados os ônibus da nossa cidade, são nosso orgulho. E engana-se quem pensa que o benefício está apenas na economia que a população faz ao não gastar dinheiro com transporte público. Esse é o ponto positivo mais imediato da iniciativa, mas há ainda outros, que, a longo prazo, contribuem até com a preservação do meio ambiente.
Dentre vários aspectos positivos da implantação do ônibus com tarifa zero estão a diminuição do tráfego de veículos particulares, contribuindo para a diminuição da emissão de gases poluentes e consequente melhoria da qualidade do ar na cidade.
Tal redução impacta positivamente também a mobilidade urbana, porque estimula o uso do transporte público coletivo, o que se traduz em menos congestionamentos, melhorando a circulação de pessoas e veículos. O saldo disso é preservação ambiental e aquecimento econômico.
À medida que a população economiza nos gastos com passagens, gasta o dinheiro com outros serviços e bens, aquecendo a economia local.
A experiência bem sucedida de Maricá, implementada em 2014, não surgiu do dia para a noite. Mas sim da ineficiência da empresa de transporte que atendia a cidade até 2013. Com o sucateamento de serviço público, a Prefeitura iniciou a tarifa zero, criando a Empresa Pública de Transportes (EPT), responsável por toda a operação.
A experiência de Maricá mostra que é possível implementar uma política de transporte mais acessível, sustentável e justa. Não apenas para promover mais mobilidade urbana, desenvolvimento e preservação ambiental, mas também para promover mais inclusão. Isso porque, sem a cobrança das passagens, toda a população pode ter acesso a todo território de seu município seja para a labuta ou o lazer. Tarifa zero é, acima de tudo, inclusão social!
* Renato Machado é deputado estadual
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