Publicado 26/10/2022 11:24
Petrópolis - Na manhã desta terça-feira (25), equipes que atuam nos atendimentos clínicos a pacientes com câncer em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, realizaram uma manhã de conversa, com o objetivo de trazer informações sobre o enfrentamento ao câncer de mama, doença que atinge pelo menos 61% das mulheres a cada grupo de 100 mil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
“Todos os meses do ano precisam ser cor de rosa. E para isso precisamos manter os hábitos corretos. Outubro é só a lembrança, mas é preciso manter isso em mente, durante todo o ano. Com a pandemia houve uma queda muito grande no número de mamografias e hoje, quase dois anos e meio depois, temos visto a quantidade de casos que têm surgido. Por isso é importante procurar especialistas todo o tempo. Tudo começa na alimentação, depois os cuidados com a saúde e detecção o quanto antes possível. Após isso, definir a melhor forma de tratamento para cada caso, chegando até a cura”, explica o mastologista Carlos Vinícius Leite.
O encontro foi promovido no Centro Regional de Radioterapia (RadioSerra) e contou com a presença de participantes do Centro de Terapia Oncológica (CTO) e da Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos, que atendem a pacientes em tratamento dos mais variados tipos de tumores, em toda a Região Serrana e Metropolitana do Rio, além da Baixada Fluminense.
“É muito importante que o tratamento seja feito de forma integrada e com a nutrição, conseguimos manter a imunidade e fazer com que o organismo reaja de forma positiva durante os procedimentos médicos, além de prevenir e manter uma saúde adequada ao término desse acompanhamento. Cada pessoa precisa ter um direcionamento específico às suas condições físicas e de saúde, por isso é vital ter cada envolvido auxiliando nisso. E para o público de forma geral a dica é: façam uma alimentação equilibrada, com diversidade de cores no prato e sem pesar tanto a sua dieta. A obesidade é um dos maiores fatores de risco para o câncer e nós podemos evitar isso”, pontua Camila Souza, nutricionista do CTO.
Para o radio-oncologista, Daniel Przybysz, os tratamentos têm seguido atualmente um método personalizado, mas os avanços médicos têm sido grandes e permitem solucionar a doença, com resultados significativos. “Nem todas as peças se encaixam em qualquer quebra-cabeça, por isso é importante entender cada pessoa. A Radioterapia evoluiu muito com o passar dos anos, isso trouxe uma redução incrível nos efeitos colaterais e possibilitou melhores tratamentos. E assim foi também com a quimioterapia, a imunoterapia, na terapia-alvo, além da cirurgia que é muito menos agressiva e com menor impacto na vida daquele paciente. De forma geral, tudo era mais pesado anteriormente e hoje, essas pessoas conseguem passar por esses métodos de outra forma, com mais qualidade e sem ter tanto medo”, detalha.
Outro aspecto que foi observado são as questões de mobilidade e impacto que a cirurgia pode trazer para o paciente. A fisioterapeuta Renata Pacheco, trouxe um panorama sobre como pode haver uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas, a partir da intervenção do profissional.
“A dica é que toda pessoa possa fazer exercício sempre que puder, mesmo que seja apenas por 30 minutos ao longo de cada dia. A própria OMS recomenda isso e por apenas 5 dias, está se cumprindo essa meta, saindo do sedentarismo e prevenindo o surgimento do câncer. Os estímulos à atividade física já são preventivos, mas a fisioterapia pode também garantir que não haja impactos maiores nas áreas atingidas pela doença e quando ocorrem, conseguimos também reabilitar esse paciente”, diz.
Na quinta-feira (27), um novo encontro acontece a partir das 9h, com música, massoterapia, maquiagem, além de fisioterapia pélvica, corte de cabelo e distribuição de laços. A programação ocorre na rua Dr. Sá Earp, 309, no bairro Morin.
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