Publicado 19/12/2022 09:40
Petrópolis - Há um ano, horas antes de tomar posse, o prefeito Rubens Bomtempo teve a sua primeira agenda na Defesa Civil. Foi o primeiro a chegar na sede da secretaria às 7h da manhã do dia 18 de dezembro de 2021, após uma madrugada de chuva intensa, bolsões d’água e alagamentos.
“Deixamos a Prefeitura, em 2016, com uma grande ação de dragagem nos principais pontos do município. O abandono desse trabalho, somado à falta de ações básicas, como a limpeza de bueiros, deu a sua mostra e mostrou que teríamos muito trabalho pela frente”, afirmou Bomtempo.
E o verão não deu trégua: no início de janeiro, uma semana após as festas de Réveillon, um novo temporal - desta vez, mais grave, com mais de 200 famílias desabrigadas ou desalojadas e quedas de barreira em toda a cidade. “Perdemos um ano de mandato devido a uma farsa. A Justiça repôs a verdade e impediu um golpe na vontade manifestada nas urnas, mas perdemos tempo e, quando chegamos, não tivemos transição. O caos no qual o município foi colocado nos últimos cinco anos, de forma irresponsável e criminosa, se manifestou muito rápido”, afirmou.
Em fevereiro e março, tudo isso se materializou com a maior catástrofe climática da cidade. Uma tragédia com 242 mortos que exigiu uma força-tarefa de uma prefeitura encontrada sem organização e praticamente falida - para se ter uma ideia, a Assistência Social foi encontrada pelo atual governo com apenas nove galões d’água e 40 colchonetes.
Mas não faltou esforço: cerca de 4 mil aluguéis sociais foram concedidos às famílias desabrigadas e a mobilidade urbana foi restabelecida. “Um grupo com funcionários de todas as secretarias estava na Prefeitura. Em um mês, iríamos desocupar todas as escolas que funcionaram como abrigo. E aí veio a catástrofe de março, que registrou a maior chuva da história de Petrópolis”, lembrou Bomtempo.
Mais uma vez, não faltou esforço e criatividade. Uma primeira leva de obras de estabelecimento foi executada. São mais de 40 intervenções, como a reconstrução das ruas Saldanha Marinho e Piabanha e o refazimento do leito dos rios dos corredores do Bingen e Barão do Rio Branco, recuperando a infraestrutura urbana.
A maior dragagem da história está sendo feita pela Prefeitura em parceria com o Inea, com dez frentes de trabalho simultâneas, algo inédito no município, incluindo a Coronel Veiga e a sua complexidade, por conta da calha estreita e a tubulação existente. Após cinco anos sem o serviço, mais de 7 mil bueiros foram limpos - e o trabalho continua do Meio da Serra até a Posse.
O município obteve linha de crédito de R$ 100 milhões junto à Caixa Econômica Federal. Os recursos, no entanto, chegaram recentemente, e só a partir daí o município pôde dar início às licitações para obras de reconstrução do Alto da Serra. Que estão para sair: as obras da área 1, entre o Hipershopping e a Hercilia Moret, começam nos próximos dias; e a licitação da área 2, da Hercilia Moret à Frei Leão, acontece ainda neste ano.
“Temos mais de 100 obras entre as já feitas, em andamento e em fase de licitação. A Prefeitura também viabilizou uma série de obras graças à recuperação das contas do município, após a Secretaria de Fazenda garantir um aumento na arrecadação da ordem de R$ 300 milhões sem onerar o contribuinte - após cinco anos de queda livre na arrecadação do ICMS”, lembrou o secretário de Obras, Ronaldo Ramos.
Além das obras, a Defesa Civil, que emitiu 13 mil laudos em um ano (o maior número da história), também fez o Plano de Contingência mais denso já registrado em Petrópolis, in…
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