Publicado 18/04/2024 13:05 | Atualizado 18/04/2024 13:05
Petrópolis - Em 24 de abril é comemorado o Dia Internacional do Jovem Trabalhador, através de uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que objetiva ressaltar a importância dos adolescentes e dos jovens no mundo do trabalho. Realizar ações pelo dia significa muito mais do que uma simples data comemorativa, mas representa um momento de reflexão sobre a importância do programa de Aprendizagem para a juventude que carece de oportunidades e de experiências para o ingresso no mundo do trabalho e o exercício da atividade laboral.
A Comac de Petrópolis possui cursos registrados no Ministério do Trabalho e Emprego e atua como entidade formadora para operacionalizar o Programa Jovem Aprendiz. Auxiliar Administrativo, Comércio e Varejo, Turismo e Hospitalidade, Auxiliar de Produção e Transportes são os cursos que têm mais procura pelas empresas e fornecem mais oportunidades de empregabilidade para o adolescente e para o jovem.
“Precisamos entender que os adolescentes e jovens contribuem para o avanço das empresas e contratar um jovem aprendiz é a chave para a descoberta de novos talentos. Precisamos vencer o preconceito que há sobre a contratação de funcionários sem experiência, mostrando que a juventude tem muito a acrescentar no mundo do trabalho”, disse Fernanda Ferreira, presidente da Comac de Petrópolis.
Dados da OIT, de 2022, indicam que o número total de jovens desempregados em todo o mundo chegaria a 73 milhões. No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 45,3 milhões de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. O País está vivenciando os últimos anos do chamado “bônus demográfico”, e é urgente investir na adolescência e juventude para ter impactos no Brasil de hoje e do futuro. No entanto, segundo dados do MTE, o desemprego entre jovens no Brasil é, na média, o dobro da população geral historicamente. Em 2023, o país tinha 5,2 milhões de adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos desempregados, sendo que 55% são mulheres e pessoas pretas e pardas.
A Comac de Petrópolis é signatária do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, lançado em dezembro de 2023, pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – por meio da iniciativa Um Milhão de Oportunidades (1MiO). Este pacto objetiva de mobilizar empresas, sociedade civil e governos na geração de oportunidades de trabalho para adolescentes e jovens do Brasil. A iniciativa visa unir esforços para impulsionar a empregabilidade e formação profissional para jovens em situação de vulnerabilidade no país até 2030. O Pacto também conta com o apoio do Pacto Global das Nações Unidas, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ). A adesão à iniciativa pode ser feita pela página pactopelasjuventudes.org.
A Comac de Petrópolis está realizando uma semana de ações alusivas do Dia do Jovem Trabalhador, tendo como ponto de partida as vivências dos próprios jovens aprendizes, através de rodas de conversas, confecções de cartazes e produções de vídeos.
Hoje, no estado do Rio de Janeiro, são cerca de 48 mil jovens aprendizes. A meta de contratação é de 60 mil até o final do ano de 2024, conforme reunião do Fórum Estadual de Aprendizagem Profissional (FEAP/RJ), ocorrida em março, do qual a Comac de Petrópolis faz parte. Com a nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021), as empresas que desejarem participar de certames públicos, precisarão cumprir a quota de jovem aprendiz, o que pode ser uma forma de alavancar as contratações, mas o desafio ainda é que o poder público, em todas as esferas, abra as portas para o primeiro emprego por meio do programa.
“Vale lembrar que o programa Jovem Aprendiz é a forma legal de inserção do adolescente e do jovem no mercado de trabalho, sendo uma importante política pública de erradicação do trabalho infantil, de evasão escolar nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, além de combater o trabalho análogo ao escravo”, concluiu Fernanda Ferreira.
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