Pezão e Maria Lúcia Cautiero Horta, com quem é casado há 31 anosDivulgação
Publicado 18/09/2024 18:10
Formado em Economia e Administração de Empresas na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, o Pezão, nasceu em 29 de março de 1955, em Piraí. Sua trajetória política começou em sua cidade, como vereador, sendo eleito para o primeiro mandato em 1983 e reeleito nas eleições seguintes. Como prefeito de Piraí, Pezão assumiu o cargo em 1997 e foi reeleito para mais um mandato, que terminou em 2004
Publicidade
Vice-governador do estado do Rio de Janeiro por dois mandados consecutivos (entre 2007 e 2014), Pezão tornou-se governador, também por dois mandados. Em entrevista ao O DIA, o político de 69 anos de idade fala sobre a decisão de voltar a disputar a prefeitura de Piraí e outros assuntos.
O DIA - Com uma longa trajetória na vida pública, incluindo dois mandatos como governador do Rio, o que motivou o senhor a disputar novamente a prefeitura de sua cidade natal?
Eu sempre disse que o meu maior orgulho foi ter sido prefeito de Piraí. Foi na minha cidade que eu comecei na política, como vereador, depois tive a oportunidade de ser prefeito por dois mandatos, e conseguimos fazer um trabalho que eu considero marcante.
Na prefeitura de Piraí implantamos projetos como o Piraí Digital - o que fez Piraí ser a única cidade que não era capital de estado a receber o programa Um Computador por Aluno (UCA), do governo federal - além do projeto de piscicultura, com a construção de um entreposto de beneficiamento de pescados, quE tornou Piraí o maior produtor de tilápias do estado do Rio.
Também batemos recordes na geração de empregos, com a criação do Condip (Condomínio Industrial de Piraí) e a vinda de diversas empresas, e viramos referência na saúde.
Além disso, projetos esportivos de trampolim acrobático e karatê deram a Piraí vários campeões, inclusive mundiais! E a nossa Escola Municipal de Balé lançou profissionais da dança que estão espalhados pelo mundo e virou modelo para vários outros projetos parecidos, em todo o Brasil.
Por tudo isso, tenho certeza que posso contribuir para transformar novamente nossa cidade, fazendo Piraí voltar a crescer e tornar-se referência de novo, nas mais diversas áreas. Acho que a aceitação da população com a nossa candidatura comprova isso!
O DIA - Caso eleito, o senhor vai voltar à prefeitura de Piraí 20 anos após deixar o cargo depois de dois mandatos consecutivos. Como avalia o que seus sucessores realizaram nessas duas décadas?
Respeito o trabalho dos meus sucessores, mas acho que a cidade parou no tempo. Piraí tem muitas potencialidades, para a instalação de novas empresas, no turismo, na agricultura, na piscicultura, e isso tudo foi pouco explorado pelos gestores que vieram depois de mim.
Por exemplo, as empresas que estão instaladas hoje no Condomínio Industrial de Piraí são as mesmas da minha época. Algumas só mudaram de nome, mas são as mesmas. Não parece ter havido um esforço para atrair novas empresas e investimentos para a cidade, e isso precisa mudar.
Não só todo o potencial de Piraí tem que ser aproveitado, como nós podemos novamente colocar o município à frente, com projetos inovadores para a gestão pública, buscando parcerias com universidades, correndo atrás de investimentos públicos e privados, como sempre fizemos. Eu sei os caminhos para conseguir isso.
O DIA - Seguindo essa análise, qual seria, portanto, o foco inicial do seu eventual mandato?
Acredito que a primeira coisa a fazer seja buscar novos investimentos e parcerias para Piraí, sejam públicos ou privados. Mas não adianta trazer investimentos ou criar postos de trabalho, sem que a nossa população, principalmente os jovens, esteja pronta para assumir essas vagas.
Por isso, ao mesmo tempo que vamos buscar investimentos, vamos procurar trazer projetos de qualificação profissional para o município, principalmente para o público jovem. Piraí já teve diversos cursos profissionalizantes, do Sesi, Senai, Cederj, e tudo isso foi se perdendo ao longo do tempo. Trazer esses cursos de volta será uma das minhas prioridades.
Outro ponto que precisamos mudar com urgência é o atendimento às crianças com Necessidades Específicas de Educação e aquelas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que precisam de um olhar mais atencioso.
As mulheres, principalmente aquelas vítimas de violência, também precisam de um atendimento melhor, mais capacitado e abrangente, por parte do município. Também precisamos priorizar as políticas voltadas para as pessoas de baixa renda, incluindo a habitação, com a vinda do programa federal Minha Casa, Minha Vida.
Enfim, precisamos priorizar um governo com o olhar para aqueles que mais necessitam.
Leia mais