Moradora corre risco de perder dedo do pé por diabetes; família alega demora no atendimentoDivulgação
Publicado 05/01/2023 11:15 | Atualizado 05/01/2023 17:09
Uma moradora de Porto Real, de 59 anos, corre o risco de perder um dedo do pé devido a uma complicação do diabetes. A família alega demora no atendimento. Maria de Fátima Pinheiro Santos teria sido levada ao Hospital Municipal São Francisco de Assis com um machucado no pé. Em todas as vezes, ela foi orientada a voltar para casa apenas com receituários de medicamentos para dores e uma pomada.

O filho, Averaldo de Jesus da Silva Vidal, conta que a mãe foi levada ao Hospital de Porto Real por três vezes em dezembro. A última consulta foi no dia 24, véspera de Natal. "Em todas as vezes ela não passou por exames. Só passaram remédios para dor e uma pomada. No começo, ela só estava com um machucado, mas o caso se agravou e agora ela está com o dedo necrosado".

Depois da peregrinação na unidade do município onde mora, a paciente chegou a ser levada pela família para o Hospital de Emergência de Resende, cidade vizinha, e depois para um hospital particular do mesmo município. "Juntamos um dinheiro e conseguimos fazer alguns exames no particular. O hospital orientou que ela fosse imediatamente internada, mas nós não tínhamos condições", conta.

Apenas no último dia 26 de dezembro, a paciente conseguiu ser internada em Porto Real, mas o caso já havia piorado. Após novos exames na unidade de Porto Real, foi constatada uma veia entupida até a altura do joelho. "Agora, ela está com um grande risco de ter que amputar o dedo do pé, além do risco de perder a perna e a vida. Se tivessem feito os exames desde o primeiro dia de emergência, ela poderia estar bem", reforça.

A família ainda alega um descaso no atendimento. Uma visita médica estava marcada para terça-feira (3), mas o médico só apareceu no dia seguinte (4). Agora, o Hospital Municipal aguarda uma liberação para transferí-la para a Santa Casa de Barra Mansa, onde a cirurgia deve ser realizada. "Além disso, eles alegam que, por conta do lockdown na China, o Hospital não tem os remédios para o procedimento, o que deve atrasar ainda mais. A gente teme pela vida dela", finaliza o filho Averaldo.

Em nota, a prefeitura de Porto Real disse que "a paciente foi internada no dia 26/12/2022, assim que foi constatada uma veia entupida até a altura do joelho, seguindo todo protocolo de tratamento e recebendo os cuidados médicos necessários. Neste momento, a paciente está sendo regulada para o município de Barra Mansa para ser atendida na Santa Casa, onde o procedimento será realizado."
Após a publicação da reportagem pelo jornal O Dia, a prefeitura de Porto Real informou, às 11h51 desta quinta-feira (5), que o hospital referência - AngioBarra - em Barra Mansa, agendou a transferência para sexta-feira, 06/01, às 7h, dando sequência ao tratamento da paciente.

Confira a nota completa abaixo:

A paciente foi internada no dia 26/12/2022, assim que foi constatada uma veia entupida até a altura do joelho, seguindo todo protocolo de tratamento e recebendo os cuidados médicos necessários. Neste momento, a paciente está sendo regulada para o município de Barra Mansa para ser atendida na Santa Casa, onde o procedimento será realizado.

Durante o período de internação a paciente está em tratamento medicamentoso e sendo submetida a exames para realização do procedimento de angioplastia.

Todo o processo foi feito de forma coerente e buscando o melhor atendimento ao paciente. A Secretaria de Saúde se empenhou para resolver os trâmites burocráticos para agilizar o mais rápido possível a transferência e, consequentemente, o procedimento.

Ainda informamos que toda a equipe da Secretaria de Saúde está à disposição dos familiares, prestando todo o auxílio necessário para resolver este caso. O hospital referência - AngioBarra - em Barra Mansa, agendou a transferência para amanhã, 06/01, as 7h, dando sequência ao tratamento da paciente.
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