Publicado 22/01/2024 16:29
A Associação Vittorio Emanuele II realizou no domingo (21) um ato em prol da reconstrução da fachada do prédio histórico da antiga açucareira de Porto Real. Parte da estrutura desabou em maio do ano passado. Oito meses depois, quem passa pelo local só enxerga os tapumes que escondem os escombros do desabamento.
O ato, intitulado de "Abraço à Açucareira", contou com a participação de membros da associação e do Conselho Municipal de Turismo, além do prefeito de Porto Real, Alexandre Serfiotis, e outras autoridades municipais.
O prédio, construído em estilo francês em 1879, recebeu a primeira indústria da cidade. O local já abrigou a Paille Finnie e Cia, o Engenho Central de Porto Real e a Cia Agrícola União. Foi em 1944 que a companhia passou a se chamar Açucareira Porto Real.
Depois, em 1946, foi fundada a Companhia Fluminense de Refrigerantes. A partir daí, a construção passou a ser conhecida como a Fábrica da Coca-Cola. Em 2013, a FEMSA, considerada a maior franquia de Coca-Cola do mundo, comprou a unidade, que hoje funciona como Centro de Distribuição.
Segundo o presidente da Associação Vittorio Emanuele II, Paulo Henrique Marassi, o Peu Marassi, o objetivo do encontro foi cobrar respostas sobre o que será feito para reconstruir o local. "Esse monumento está no brasão de Porto Real. Todo mundo tem uma ligação muito forte. Muitos trabalharam na açucareira e depois na Companhia Fluminense de Refrigerantes".
Peu ainda enfatizou o desejo de que o prédio seja tombado como patrimônio público. "Essa é a primeira ação, mas teremos outras para cobrar e acompanhar o trabalho. No futuro, nós queremos o tombamento municipal e estadual para que se tenham recursos para recuperar e manter viva a história do município".
Nas redes sociais, o prefeito de Porto Real afirmou que, desde o incidente, a prefeitura está emprenhada em garantir junto à empresa a restauração, idêntica à original, da edificação. "O abraço à Açucareira, organizado pela Associação Vittorio Emanuele II, neste domingo, foi mais uma demonstração de que não vamos abrir mão da nossa história. A Prefeitura negocia com os órgãos estaduais e cobra da própria empresa, o início da reconstrução", completou Serfiotis.
Em nota, a Coca-Cola FEMSA disse que, "desde o incidente ocorrido em parte do seu Centro de Distribuição em Porto Real, realizou diversos estudos técnicos e está em tratativas junto aos órgãos municipais para a reconstrução da fachada do prédio principal. Todas as alternativas estudadas visam principalmente a segurança do local e dos funcionários". A empresa não informou um prazo para o início da obra.
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