Nomeado até recentemente na secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Rio, o ex-prefeito da cidade de Quissamã aparece vestido com a camisa e bandeira do Brasil, cantando hinos do ExércitoDivulgação
Publicado 01/02/2023 20:04
Quissamã - O x-prefeito da cidade de Quissamã-RJ, Armando Carneiro, foi exonerado da secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Rio, após participar de ato antidemocrático em frente ao Quartel do Exército em Macaé. O movimento contestava o resultado das eleições, levantava suspeitas sobre a lisura do pleito e as urnas eletrônicas.
Armando foi prefeito por duas vezes eleito pelo atual modelo de votação e é marido da atual vereadora de Quissamã, Alexandra Moreira (PSC), também bolsonarista. 
De acordo com a revelação do Portal EU, Rio!, que divulgou o vídeo de Carneiro junto de outros militantes bolsonaristas, o governo estadual informou que não sabia do seu envolvimento na manifestação golpista. Em seguida, o Diário Oficial publicou a exoneração de Armando.
No vídeo, Carneiro aparece cantando hinos do Exército, vestido com a camisa e bandeira do Brasil, junto com outras pessoas que mostravam cartazes pedindo intervenção militar e anulação das eleições de outubro. Assista:

Os atos antidemocráticos violam a Constituição Federal e vem sendo duramente combatidos no âmbito de operações realizadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e STF (Supremo Tribunal Federal).

Além dos atos antidemocráticos, o ativista também teria participado dos atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, quando extremistas depredaram o Palácio do Planalto, a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.


Após os atos violentos em Brasília, no dia 8 de janeiro, 942 pessoas continuam presas por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que analisou a situação de quase 1.500 pessoas envolvidas.

A decisão foi tomada para “garantir a ordem pública” e a efetividade das investigações. O ministro enumerou diversos crimes praticados no dia 8 de janeiro: atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

Mais de 460 envolvidos foram liberados e estão em liberdade provisória. Podem responder ao processo com o uso de tornozeleiras eletrônicas e estão sob medidas cautelares, que prevê: proibição de sair à noite, sair da cidade e viajar. Eles também tiveram os passaportes suspensos e estão proibidos de acessar redes sociais ou se comunicar com os demais investigados.

Alexandre de Moraes também orientou à justiça que investigue “o financiamento da vinda e permanência em Brasília daqueles que concretizaram os ataques”, além de outras condutas antidemocráticas que ajudaram a fomentar os atos terroristas, como foi o caso das manifestações em frente aos quartéis.

Todos os detidos foram submetidos, conforme a lei, a audiências de custódia, tanto por juízes do Tribunal Regional Federal da primeira região (TRF-1), quanto por magistrados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Os homens com prisão preventiva foram encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda e as mulheres para a Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia.
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