Natália Maria retomou os estudos, aos 37 anos, interrompidos para criar os filhos Foto Secom/Divulgação
Publicado 08/04/2024 14:34
Quissamã - O ambiente escolar oferece não apenas aprendizado acadêmico, mas, também, apoio emocional e social, o que torna sua jornada ainda mais significativa. A conclusão é da auxiliar de serviços gerais, Natália Maria do Espírito Santo, de 37 anos, proporcionada pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecido pelo governo de Quissamã (RJ), por meio da Secretaria Municipal de Educação.
Natália havia interrompido os estudos quando decidiu se dedicar aos quatro filhos após o casamento, para garantir o bem-estar da família; porém não perdeu a esperança de retomar. Os filhos cresceram e, perseverante, ela decidiu retomar os estudos no ano passado, através da EJA, que oferece oportunidade até a nona fase, a alunos de 15 a 70 anos.
Segundo o professor Guilherme Crespo, no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Municipalizado Dr. Amílcar Pereira Da Silva, do qual é diretor administrativo, está disponível a única modalidade no município e conta com quase 150 alunos matriculados: “A história de Natália é um exemplo de determinação, superação e amor pela família”, comenta ressaltando que a aluna diferenciada tem estrutura e apoio da escola neste processo.
"As fases abrangem leitura escrita e ciclo final de ensino”, explica o diretor acrescentando: “É muito importante essa modalidade, uma vez que atendemos alunos que, por diversos motivos ao longo de sua trajetória de vida, tiveram que parar de estudar ou tiveram outras dificuldades. E eles têm acesso a toda a estrutura, a currículo adaptado, merenda com cardápio adaptado, pois muitos trabalham o dia inteiro e estudam à noite”.
A auxiliar de serviços, encontra-se na oitava fase, prestes a concluir o ensino fundamental. “Fiquei muitos anos sem estudar e resolvi voltar porque meus filhos cresceram. No final do ano termino o ensino fundamental e no ano que vem, se Deus quiser, estarei no ensino médio”, pontua, otimista, realçando: “Além de ter uma formação, a gente tem uma terapia, porque a gente faz amizade, conversa com os colegas, temos professores ótimos”.
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