Publicado 16/10/2024 14:44
Qquissamã - Em comemoração ao Dia Municipal do Quilombola, celebrado no dia 11 de outubro, a Coordenadoria Municipal de Políticas para a Igualdade Racial de Quissamã promove a exposição "Quilombo Machadinha: Território e Tambores do Jongo". A mostra traz oito fotografias do artista Wagner Nunes Firmino, que capturam a essência da rica cultura da comunidade quilombola de Machadinha, conhecida por seu patrimônio histórico e tradições culturais. Reconhecida oficialmente pela Fundação Cultural Palmares em 2006, a comunidade Machadinha é um símbolo da resistência e herança africana no Brasil.
PublicidadeMachadinha é apenas uma parte da história maior dos quilombolas da região, que também abrange as comunidades de Mutum, Bacurau, Sítio Santa Luzia e Sítio Boa Vista. Ao todo, essas comunidades abrigam 993 quilombolas, representando cerca de 5% da população do município.
A coordenadora de Políticas para a Igualdade Racial de Quissamã, Jovana de Azevedo, explica que o principal objetivo da exposição é valorizar e divulgar a história e a cultura dos quilombolas, promovendo um maior reconhecimento da importância dessas comunidades na formação cultural do município. "Queremos trazer a história do quilombo para o centro da cidade, permitindo que as pessoas conheçam e valorizem essa rica herança cultural que permanece viva há oito gerações", destacou Jovana.
Além da exposição, outras iniciativas estão previstas para reforçar a valorização da comunidade quilombola de Machadinha. Entre elas, a distribuição de uma cartilha intitulada "Quilombos de Machadinha: Terra de História e Resistência" nas escolas municipais, começando pela Escola Municipal Maria Ilka de Queiróz e Almeida, localizada no bairro de Santa Catarina. A iniciativa visa educar as novas gerações sobre a importância do legado quilombola.
Outra ação importante será a oferta de um curso de turismo étnico, em parceria com a Prefeitura de Quissamã, o Ministério da Igualdade Racial e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). O curso, destinado a 50 membros das comunidades quilombolas, terá aulas online e presenciais, e buscará capacitar os moradores locais para atuar na promoção do turismo étnico e cultural, reforçando o papel da comunidade na preservação e divulgação de sua herança.
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