Publicado 31/03/2023 10:09
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) divulgou uma nota de esclarecimento, na quinta-feira (30), sobre um vazamento em uma das “armadilhas criogênicas”, usadas no processo de enriquecimento de urânio na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende. Segundo a empresa, a quantidade exposta foi pequena e comunicada ao Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O caso veio à tona após uma reportagem do blog da jornalista Tania Malheiros.
As "armadilhas" são equipamentos usados no processo de enriquecimento de urânio, e que têm a finalidade de recolher pequenas quantidades de hexafluoreto de urânio (UF6) e ácido fluorídrico (HF), oriundos de diversos pontos do processo produtivo, por ocasião de manutenção do sistema. Elas são empregadas no processo de enriquecimento de isótopos de urânio.
De acordo com a estatal, uma vez preenchidas, são retiradas da linha de produção, substituídas por outras e estocadas na área fabril, em local licenciado pelo órgão regulador e estabelecido para esse fim. Esta área possui detetores e sistemas de exaustão de ar capazes de identificar e deflagar ações de modo que qualquer escape de material seja tratado com segurança e sem repercussões para as pessoas e o meio ambiente.
Quando armazenadas, as “armadilhas” passam a ser submetidas, rotineiramente, a inspeções e controles. O acesso a esse local de armazenamento é controlado e autorizado apenas a pessoal técnico com equipamentos de proteção individual. Conforme a nota oficial, o vazamento foi comunicado ao órgão de controle (CNEN) e não gerou consequências para o pessoal ou ao meio ambiente.
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