Publicado 17/08/2023 00:05 | Atualizado 17/08/2023 16:09
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, confirmou nesta quarta-feira (16) que está investigando o sumiço de dois tubos com amostras de urânio enriquecido, material radioativo utilizado para produção de energia nuclear. O desaparecimento foi constatado em julho na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), no município fluminense. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e a Polícia Federal (PF) foram comunicados sobre o ocorrido.
Segundo a INB, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento da fábrica foi detectada a ausência de dois tubos contendo amostras testemunho de hexafluoreto de urânio (UF6) enriquecido. Os recipientes contêm pequena quantidade do material utilizado na produção de combustível para a usina nuclear Angra II, localizada em Angra dos Reis. Com 8 cm de comprimento, cada tubo possui massa de aproximadamente oito gramas de UF6 enriquecido. A empresa ressalta que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação do conteúdo, caso ocorra, não acarreta danos à saúde de um indivíduo.
Como os dois tubos não foram localizados no interior da fábrica, a INB informou o evento ao GSI-PR e à PF. A Comissão Nacional de Energia Nuclear também foi comunicada e acompanha as ações tomadas pela estatal. A empresa abriu um processo administrativo e busca identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer.
Segundo a INB, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento da fábrica foi detectada a ausência de dois tubos contendo amostras testemunho de hexafluoreto de urânio (UF6) enriquecido. Os recipientes contêm pequena quantidade do material utilizado na produção de combustível para a usina nuclear Angra II, localizada em Angra dos Reis. Com 8 cm de comprimento, cada tubo possui massa de aproximadamente oito gramas de UF6 enriquecido. A empresa ressalta que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação do conteúdo, caso ocorra, não acarreta danos à saúde de um indivíduo.
Como os dois tubos não foram localizados no interior da fábrica, a INB informou o evento ao GSI-PR e à PF. A Comissão Nacional de Energia Nuclear também foi comunicada e acompanha as ações tomadas pela estatal. A empresa abriu um processo administrativo e busca identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer.
Em nota, a INB destacou que "vem concentrando todos os seus esforços para a localização das amostras, com atuação das equipes de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química. As buscas estão sendo realizadas no interior das áreas supervisionadas e controladas, escritórios e, principalmente, no trajeto percorrido para transferência dos recipientes, além de outras áreas da Unidade".
A Polícia Federal informou que foi acionada na quarta-feira (16) e iniciará diligências para apurar as circunstâncias do fato e identificar eventuais responsáveis. O GSI-PR explicou que o assunto é da competência da INB e da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Por nota, a Comissão reforçou que a liberação do conteúdo presente nas ampolas não acarreta danos radiológicos à saúde de uma pessoa, porém disse que "a possibilidade de risco químico associado à natureza tóxica dos compostos pode provocar danos físicos localizados".
SOBRE AS AMOSTRAS
Cada cilindro de urânio enriquecido utilizado na produção dos elementos combustíveis para as recargas das usinas de Angra tem armazenada uma amostra, denominada amostra testemunho. Esta amostra passa a integrar o inventário físico de material nuclear, verificado durante inspeções das agências internacionais: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
SOBRE AS AMOSTRAS
Cada cilindro de urânio enriquecido utilizado na produção dos elementos combustíveis para as recargas das usinas de Angra tem armazenada uma amostra, denominada amostra testemunho. Esta amostra passa a integrar o inventário físico de material nuclear, verificado durante inspeções das agências internacionais: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
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