Os empresários Diogo e Heitor RibeiroFoto: NRB
Publicado 12/01/2023 21:41 | Atualizado 13/01/2023 10:34
Rio Bonito - Joabs Sobrinho, advogado criminalista que assessora os empresários Diogo Ribeiro e Heitor Ribeiro, que foram presos pela Polícia Civil na última quinta-feira (5), pelo crime de compra de forma irregular armas de fogo, está entrando com um processo contra uma Loja de Armas e contra o estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a defesa dos empresários a loja deveria ter ligado para Polícia Federal e comunicado ao Exército havendo a suspeita de falsificação de documentos ao invés de solicitar a DRF, a defesa disse que: “Não ligaram para a delegacia local mas aproveitando-se da amizade com profissionais da Delegacia de Roubos e Furtos do Rio de janeiro, armaram o flagrante, tiraram fotos dos meus clientes e fizeram vídeos que foram encaminhados para a mídia(o que é proibido) e, por isso serão responsabilizados" , disse o advogado dos empresários.
Ainda segundo a defesa dos empresários a prisão aconteceu sob a acusação de compra de arma de fogo e com alegação de documentação falsa e participação de quadrilha que revendia munições para criminosos.
Diogo, que é conhecido em sua região por organizar eventos locais, recebeu Douglas Amorim Azevedo, como segurança terceirizado em um de seus eventos (2022), que se apresentou-se como segurança com porte de armas e sargento do Exército que realiza trabalhos extras de despachante autorizado para porte de armas.
Segundo relatos dos empresários, Douglas insistiu que fizessem o requerimento antes da virada do ano, pois uma mudança de Governo poderia poderia dificultar e deixar mais lento a aquisição do porte.de armas.
Segundo o Dr. Joabs Sobrinho, o homwm que acessorava os empresários é um golpista que já havia sido preso em fevereiro de 2022 pelo crime de falsificação de documentos, e cobrou R$15.000 (quinze mil reais) para o realizar o procedimento, alegando que tratava-se valores legais, trâmites e encargos.
Ainda segundo a Defesa, o Heitor Ribeiro, recebeu uma isca, uma ligação da loja de armamentos, o chamando para assinar a documentação da aquisição do equipamento e em seguida, antes mesmo de tocar na arma, e aí apareceram policiais e o prenderam em flagrante.
“Na quinta-feira fui buscar minha arma, com a documentação de porte de armas que fiz com o despachante. Antes disso, havia sido informado pelo vendedor que a loja estava sem sistema e por isso, eu deveria ir na parte da tarde. Fui orientado a assinar um documento de entrega da arma e para minha surpresa, antes mesmo de pega-la, dois policiais me deram voz de prisão, informando que a documentação era falsa. Me fizeram ligar para meu sobrinho, Diogo, que também teve o flagrante armado e fomos presos, injustamente, como criminosos. Estou me sentindo humilhado diante de toda a situação e me sinto prejudicado no meu comércio local pelos comentários e olhares. Sou da cidade há anos e todos me conhecem. Sempre fui tratado com respeito e agora, estou com a minha honra manchada. Quero que tudo seja esclarecido e comprovado a nossa inocência" disse Heitor.
Segundo informações da Defesa, relatos feitos por Diogo no boletim de ocorrência, conta que a aquisição jamais seria feita se fosse encontrado algum indício de falsificação ou irregularidade nos documentos. O que reforçou a confiança, além da persuasão e papeis apresentados por Douglas, foi a entrega de dois documentos com a informação de que haviam sido expedidos pelo Exército Brasileiro, constando chancela do Ministério de Defesa, Comando Militar do Leste e República Federativa do Brasil.
“Estava saindo do trabalho quando meu tio, Heitor, me ligou pedindo o meu comparecimento no clube de tiro de Rio Bonito (RJ). Quando cheguei ao local, revistaram meu carro e perguntaram onde estava a minha arma. Informei que havia feito o processo junto ao despachante e que ela estava em casa guardada com a documentação. O policial me levou até a minha casa, pegamos a minha arma e fui levado de volta ao clube de tiro. Lá me prenderam em flagrante e me informaram que os documentos eram falsos e me prenderam. Fiquei em choque. Ainda estou com fobia, ansiedade e pânico pela exposição, por toda humilhação. Sempre prezei pelo meu caráter, tenho família e um nome a zelar" afirmou Diogo Ribeiro.
Ainda de acordo com o Dr. Joabs Sobrinho, o sargento do Exército, Douglas, fez outras vítimas garantindo a legitimidade na documentação, mas somente os dois empresários foram induzidos a um flagrante de maneira equivocada, já que se a loja não tivesse ligado para o Heitor assinar o documento e os policiais não o houvessem o feito ligar para Diogo de maneira subliminar, os mesmos continuariam acreditando que a documentação era legítima. As afirmações seguintes, bem como todas as citadas nesta matéria são de interna responsabilidade do Dr. Joabs Sobrinho, da Defesa dos empresários e dos próprios:
"É necessário apurar todas as vítimas. A loja de armas juntamente com a delegacia de Roubos e Furtos, preparou um flagrante para fazerem um grande show midiático. Está claro que eles não sabiam da falsificação dos documentos. Diogo, seu sobrinho do Heitor, estava com a arma em casa desde outubro e somente agora foi induzido ao flagrante. O show foi montado e eles estão sendo acusados injustamente. O juiz está apurando a conduta do despachante e o motivo dos dois empresários estarem sendo colocados nessa posição. Eles nunca tiveram seus nomes envolvidos em qualquer situação que os comprometessem, mas estão sendo prejudicados pelo equívoco, sofrendo consequências seríssimas em seus negócios, sendo envergonhados perante a sociedade sem o esclarecimento dos fatos. Estou entrando com um processo contra o Estado e contra a loja de Armas", disse o advogado.
Nossa redação está sempre aberta para democraticamente informar os fatos de todas as partes e está de portas abertas, para qualquer parte citada nesta reportagem.
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