Entre promessas e realidade: A demora na conclusão da Passarela Salles Ferreira e as críticas crescentes

Rio das Ostras - A obra de reforma na passarela Salles Ferreira, em Boca da Barra, iniciada em maio deste ano pela Prefeitura de Rio das Ostras com um orçamento total de R$ 775.883,30, deveria ter sido concluída em agosto, conforme anunciado em matéria no site oficial do município. No entanto, três meses após o prazo previsto, a reforma permanece inacabada, causando revolta e gerando controvérsias nas redes sociais.

O novo formato implementado no espaço tem sido alvo de críticas contundentes, especialmente devido à sua falta de harmonia com o cenário bucólico característico do local. Nas redes sociais, internautas têm expressado seu descontentamento com a qualidade da obra, argumentando que o novo design não respeita a estética tradicional da região.

A demora na conclusão da reforma e a aparente falta de consideração pela identidade visual local têm alimentado o descontentamento da população. A ausência de transparência sobre os motivos do atraso e a justificativa para as mudanças estéticas têm agravado ainda mais a insatisfação dos moradores.

A Prefeitura de Rio das Ostras enfrenta agora não apenas a responsabilidade de finalizar a obra conforme prometido, mas também a necessidade de reconquistar a confiança da comunidade, que se sente desrespeitada diante das alterações questionáveis e da demora injustificada.

A insatisfação com a reforma da passarela Salles Ferreira, tem se manifestado de forma contundente nas redes sociais. Érica Ingrid Lima compartilhou sua indignação, apontando que a falta de qualidade nas obras públicas perpetua a impunidade dos políticos. O jornalista e radialista Pedro Panesi destacou a importância do local como cartão postal da cidade e expressou desagrado com a abordagem estética adotada na reforma.

Ronaldo Marinho, um dos internautas, afirmou que Rio das Ostras não merecia uma intervenção tão inadequada, especialmente em um lugar tão singular como Boca da Barra e a passarela Salles Ferreira. Ele classificou a obra como um "estupro urbano" à memória, paisagismo e história do local.

Segundo a Secretaria de Manutenção de Infraestrutura Urbana e Obras Públicas, a primeira etapa da obra foi concluída com a retirada de todo o madeiramento do assoalho e guarda-corpo. Atualmente, o local está na fase de execução de uma nova estrutura em concreto armado com piso cimentado. Na fase final, serão instalados o guarda-corpo e o corrimão em aço galvanizado com pintura.

A comunidade local e os frequentadores da área aguardam ansiosos pela conclusão da reforma, esperando que as preocupações estéticas sejam levadas em consideração nas fases subsequentes do projeto.