Fila em posto da Zona OesteReprodução / Internet
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 23/05/2018 04:50 | Atualizado 23/05/2018 11:27

Rio - A greve nacional dos caminhoneiros em todo o país provocou uma corrida aos postos de combustíveis na noite desta terça-feira. No entanto, o corre-corre visto não foi de carros de passeios ou de automóveis de porte similar. O que foi percebido em diversos pontos da capital e até mesmo da Região Metropolitana do estado foram várias empresas de ônibus abastecendo seus veículos nos postos usados pelo grande público. Em alguns deles, os ônibus fizeram grandes filas.

Os flagrantes foram feitos em alguns postos da capital, São Gonçalo e na Baixada Fluminense. No posto São Jorge, em Duque de Caxias, mais de 40 ônibus da empresa Trell foram abastecidos entre as 18h e 22h de terça-feira. Hoje pela manhã, havia apenas 5 mil litros de etanol para o consumidor. O estoque de gasolina e diesel estava zerado.

Em São Gonçalo, ônibus da empresa Coesa também foram flagrados abastecendo em posto de combustível. Procurado, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ) ainda não divulgou o número de postos afetados pela falta de combustíveis. 

A situação nada comum foi vista horas depois de a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) informar que a paralisação dos caminhoneiros está afetando diretamente o abastecimento de óleo diesel das empresas de transporte público por ônibus em todo o estado.

A própria Rio Ônibus pediu à Prefeitura do Rio, também nesta terça, apoio para fazer com que carretas de combustível escoltadas conseguissem chegar às garagens das empresas. O sindicato que representa a categoria também pediu autorização excepcional de contingenciamento da frota nas ruas da cidade até que a greve acabe.

Por causa dessa situação, a prefeitura recomendou que os cariocas prefiram os transportes público de massa (metrô, trem e VLT) para se deslocarem nesta quarta. A Secretaria Municipal de Transportes informou que contatou essas concessionárias pedindo reforço por causa da possibilidade do aumento da demanda de usuários nesses modais.

Procurada pelo DIA, A Rio Ônibus informou que, conforme havia previsto nesta terça, algumas empresas ficaram sem combustíveis e, para garantir alguma operação com passageiros hoje, buscaram alternativa nos postos comuns. Até às 11h não foi informado se a frota foi reduzida por conta do problema.

Elizabeth Costa Sampaio, de 51 anos, mora em Campo Grande e saiu de casa às 6h para chegar ao trabalho em Campos Elíseos, em Duque de Caxias. Ela, que pega três conduções para a cidade da Baixada, esperou cerca de uma hora e meia e o seu ônibus não apareceu. Conseguiu uma carona com um amigo e chegou ao ponto de ônibus na Rodovia Washington Luiz às 7h30, mas às 9h ainda esperava o ônibus.  

"Está demorando muito, não entendo o que aconteceu. Será que está ligado a falta de combustível? Estou atrasada para o trabalho e não sei se vou conseguir voltar para casa", disse a agente de combate a endemias.

A vendedora Rafaela Anne da Silva Duarte, de 25 anos, também estava no ponto há quase duas horas esperando o ônibus da empresa Viação União que a levaria para Visconde de Mauá. "Todo dia chego no ponto e, em média em 10 o ônibus vem, passa rápido. Mas hoje está demorando muito", disse.

Confira alguns flagras (em fotos e vídeos) de ônibus abastecendo em postos comuns!

Ônibus do consórcio InternorteReprodução / Internet
Carro do Consórcio IntersulReprodução / Internet
Ônibus em posto da Zona OesteReprodução / Internet
Ônibus do Consórcio Santa CruzReprodução / Internet
Carros do Consórcio Intersul e TranscariocaReprodução / Internet
Veículo da viação Blanco abastecendoReprodução / Internet
Ônibus da viação Coesa, em posto de São GonçaloReprodução / Internet

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